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'The New Yorker' vai virar série da Amazon

O programa 'The New Yorker Presents' deve manter o caráter eclético da premiada e emblemática revista americana

Por Rick Bentley
Atualização:

Antes do mundo se tornar digital, revistas como Sports Illustrated, MAD, People e Playboy foram adaptadas para a televisão. Foi uma forma de levar os produtos a um público que não devia frequentar bancas.

Para continuar com essa tradição, Amazon tranformou uma das revistas mais premiadas em sua nova série. The New Yorker Presents vai levar para a tela documentários, curtas, comédia, poesia, animação e seus cartuns a partir do trabalho de cineastas e artistas.

Os clássicos cartuns também estarão no programa Foto: Reprodução

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Esta série é fruto do trabalho do cineasta Alex Gibney e de sua produtora, a Jigsaw Productions, e também de Kahane Cooperman, produtora que já ganhou cinco vezes o Emmy e duas vezes o Peabody. Gibney diz que a série vai celebrar o ecletismo da revista.

"Mesmo que o foco seja na não ficção, nós abraçaremos o humor, seja por meio dos cartuns ou dos curtas", ele disse. "Estamos adaptando alguns dos textos ficcionais para o vídeo e também fazendo documentários que seja inspirados por ou venham diretamente dos artigos de não ficção da revista."

Os textos ficcionais publicados na New Yorker foram escritos por autres como Tom Wolfe, JD Salinger e Haruki Murakami. 

Os produtores têm acesso ao material da revista desde 1925, mas devem se concentrar nos números mais recentes. No momento, a história mais antiga incluída é de 15 anos atrás. 

O episódio que vai ao ar no dia 1.º de março será Roy Spivey, baseado num conto escrito por Miranda July. A história é sobre uma mulher que se senta ao lado de uma estrela de cinema no avião. Ele dá a ela seu número de telefone, mas omite o último dígito, e um dia ela decide tentar.

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Esta é a primeira vez que a New Yorker serve de inspiração para uma série de televisão. David Remnick, vencedor do Pulitzer Prize e editor da revista desde 1998, vê o programa como uma eevolução natural do jornalismo.

A revista é de 1925, mas apenas os números mais recentes serão adaptados Foto: Reprodução

"Quando eu comecei meu trabalho de editor da revista há 17 anos, o trabalho era fazer uma revista impressa toda semana, e isso era muita coisa. "Desde então, estamos nos adaptando e tentando ser incríveis também como um site para tablets."

Um dos desafios do programa foi criar um produto com a mesma qualidade visual encontrada na revista. 

Remnick diz que o acordo com a Amazon não é meramente para promover a publicação.

"É uma aventura criativa, um experimento no qual o cinema é o mais importante. A equipe da revista ajuda sempre que necessário, como, por exemplo, chegando informações porque temos orgulho do nosso rigor com a informação", diz Remnick. 

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