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Smithers finalmente sai do armário em 'Os Simpsons'

Personagem fará revelação para seu chefe, o 'tirano' senhor Burns

Por AFP
Atualização:

É um segredo comentado há algum tempo, mas Waylon Smithers Jr., o submisso secretário do senhor Burns, vilão da série de animação Os Simpsons, finalmente se assumirá gay. De acordo com o produtor da série, Smithers, que escondeu sem sucesso durante anos sua homossexualidade, se assumirá para seu chefe, o tirano 'senhor Burns' durante dois episódios da temporada deste ano que começa no domingo.

"Em Springfield, a maioria das pessoas sabe que ele é gay, mas obviamente Burns não sabe", disse à TVLine o produtor Al Jean."Nós vamos contar isso em dois episódios", completou. "Nós faremos muita coisa com Smithers este ano. Ele se aborrece com o fato de Burns não gostar dele e avalia suas opções", prosseguiu.

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A paixão de Smithers por seu chefe bilionário tem sido escondida em muitos episódios da série icônica que entrou no ar em 1989 e é o desenho animado que está há mais tempo no ar no horário nobre americano.A série conta as dificuldades e atribulações dos Simpsons, uma família desestruturada que vive na cidade fictícia de Springfield.

O "senhor Burns", dono de uma usina nuclear, é o cidadão mais rico da cidade e Smithers é seu assistente pessoal e auto-proclamado melhor amigo.A revelação de Smithers segue as mudanças nos anos recentes das indústrias televisiva e cinematográfica dos Estados Unidos, que têm mostrado mais tolerância na sociedade por gays, lésbicas e transgêneros.

"A ideia de uma série ter um personagem abertamente gay deixou de ser notável", avaliou Robert Thompson, diretor do Centro da Universidade Syracuse para Estudos da Televisão Popular. Contudo, completou, a revelação de Smithers reforça a aceitação da comunidade LGBT.

"Antes dos anos 1970, nós não tínhamos virtualmente gays, lésbicas ou transgêneros na televisão", afirmou. "Eles eram virtualmente invisíveis", prosseguiu. "E eu acredito que a história de Smithers é a de mais um personagem que demonstra que ser invisível não é mais o caso", concluiu.

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