(Atualizado às 12h30) O novo projeto da Netflix no Brasil já tem nome: Samantha. A nova série será uma comédia, com uma protagonista jovem que se casa com uma estrela de futebol que passou 10 anos na cadeia.
"A detenção será algo a ser tratada com bom humor, e espero que de alguma forma esse projeto vá espalhar a cultura brasileira pelo mundo", disse Reed Hastings, CEO da Netflix, em um encontro com jornalistas em São Paulo nesta terça-feira, 7.
O projeto será produzido pela Losbragas, produtora paulistana de Felipe Braga, Alice Braga e Rita Moraes, mas ainda não há data de lançamento, nem outros detalhes da produção, como, por exemplo, que atores estão escalados.
Pelas primeiras palavras da Netflix sobre o assunto, a nova série trará temas caros aos telespectadores de todo o mundo nos últimos anos. Orange Is The New Black, um dos maiores sucessos da plataforma, tem a prisão como cenário principal; recentemente, a história de O. J. Simpson, estrela do futebol americano que nos anos 1990 foi suspeito de um caso de assassinato, rendeu duas produções aclamadas, a série American Crime Story: The People Vs. O. J. Simpson (que passou a estar disponível no Netflix Brasil no início deste mês) e o documentário O. J.: Made in America, indicado ao Oscar.
Samantha é a segunda grande investida do serviço de streaming no Brasil, depois de 3%, de 2016.
"Desde o início da expansão global da Netflix, decidimos que o primeiro grande mercado que exploraríamos fora dos EUA seria a América Latina", explicou Hastings. "Investimos muito e nos recompensou."
O executivo citou o sucesso em escala global de 3%. "A competição que existe ali é algo muito humano, as pessoas se identificam", comentou, com a promessa: "vamos produzir mais e mais conteúdo aqui no Brasil".
Hastings também comentou a produção da Netflix sobre a Operação Lava-Jato (jet wash, nas palavras dele), de José Padilha. "Eles estão trabalhando. Será controverso, claro, mas está em produção. Dado o sucesso de Narcos, isso será grande." Questionado se a empresa teria algum receio de se envolver com o cenário político, ele comentou que não seria a primeira vez. "O entretenimento não tenta ser noticiário, vamos atrás da humanidade por trás da história. Casos de corrupção aconteceram em vários lugares e em várias épocas."