Depois de tentar mostrar para as crianças a importância de uma alimentação saudável e a necessidade de se experimentar todos os alimentos, a nutricionista Gabriela Kapim decidiu mudar de alvo, fazendo o mesmo com os adultos. “Temos crianças que comem bem com pais que comem mal e crianças que comem mal porque os pais comem mal. A minha ideia é unificar esses valores, pois as metas acabam virando para a família toda”, diz a apresentadora.
Foram sete temporadas de Socorro! Meu Filho Come Mal e Cozinha Colorida da Kapim e, nesta sexta, 9, ela assume esse desafio ao estrear o programa Socorro! Meus Pais Comem Mal, às 22h30, no GNT.
Sentiu diferença entre os dois segmentos, crianças e adultos? Se sim, qual seria? Crianças são bem mais transparentes, já os adultos são mais engessados e trazem a rotina mais impregnada. As crianças têm uma rebeldia maior, mas os adultos, uma resistência maior.
É mais fácil lidar com crianças ou com adultos? Tenho mais facilidade de lidar com as crianças. Elas têm transparência, falam a verdade nua e crua, na lata, enquanto os adultos chegam com argumentos, defesas e justificativas, o que é mais cansativo.
Existem regras básicas para se conseguir alterar os maus hábitos alimentares? Uma regra que eu tenho aplicado muito com os pais é: ‘desembalar menos e descascar mais’. Partindo desse princípio, a gente já melhora bastante a alimentação.
Como fazer um adulto comer algo diferente, com sabor nunca experimentado? A mesma de uma criança: colocar o alimento na frente dele. A minha estratégia é fazer com que eles se coloquem à disposição, trazer os alimentos com preparos diferentes – em forma de suflê, purê, escondidinho – para mostrar que um mesmo ingrediente pode ter gostos e consistências diferentes.
Tem retorno do público para saber se o que você está passando, ensinando em seus programas está surtindo efeito? Muitas famílias me procuram, mandam mensagem falando o quanto o programa ajuda e incentiva as crianças a comer melhor. A estratégia das cinco cores no prato é ótima, um estímulo.