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Canal a cabo Starz ganha terreno nos EUA com série 'Outlander'

Por PIYA SINHA-ROY
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Um drama de época nas montanhas da Escócia, com uma protagonista atrevida envolvida em um romance mal fadado e viagens no tempo, pode ser um divisor de águas para o canal de televisão a cabo norte-americano Starz, que começa a rivalizar com os concorrentes mais bem estabelecidos. No momento em que canais pagos como FX, HBO e Showtime, e o canal de Internet Netflix, aumentam suas produções originais para atrair os telespectadores, o Starz começa a ganhar terreno com a série "Outlander”, verdadeira inovação do gênero. História de amor baseada nos livros da escritora Diana Gabaldon, "Outlander" é o principal chamariz da audiência feminina do Starz, e parte de sua estratégia para desenvolver públicos segmentados. O romance acompanha Claire, uma enfermeira casada na Grã-Bretanha dos anos 1940 que é transportada para a Escócia de 1700 durante uma segunda lua de mel nas terras altas do país. “Nossa meta não é tentar oferecer de tudo para todos, mas um punhado de coisas que são realmente importantes para os grupos demográficos que temos”, disse o executivo-chefe do canal, Chris Albrecht. O Starz disponibilizou "Outlander" em suas plataformas on-demand uma semana antes da estreia oficial, no dia 9 de agosto, e atraiu 3,7 milhões de espectadores, a maior audiência multi-plataformas da história do canal. A série teve uma média de quase três milhões de espectadores por episódio desde então, e já tem uma segunda temporada confirmada. O interesse por dramas de época vem sendo alimentado por séries vencedoras de prêmios Emmy, o Oscar da TV norte-americana, como "Game of Thrones", da HBO, e "Downton Abbey”, da PBS Masterpiece. “Há públicos ávidos por séries que os tirem da realidade do dia-a-dia e os levem para outro mundo”, afirmou Ron Moore, criador de "Outlander". “É bastante incomum ter uma protagonista forte no centro da trama”, declarou a atriz Caitriona Balfe, que interpreta Claire. “Ela é uma mulher comum”. Mas o canal quer ir além. “À medida que as séries crescem e ganham novas temporadas, passam a atingir públicos que não achavam que iriam apreciá-las. Veremos mais homens assistindo 'Outlander’”, acrescentou Albrecht.

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