Pela primeira vez em décadas, o Irã receberia uma orquestra sinfônica do Ocidente. O acontecimento histórico, na esteira do acordo nuclear de EUA e Europa com o Irã, se daria no concerto de Daniel Barenboim, em negociação até esta sexta, 28, quando a autorização para que ele se apresentasse no País foi negada. A razão foi esclarecida por Hussein Nushabadi, porta-voz do ministério da cultura do Irã. Segundo a agência de notícias Fars, o ministério iraniano afirmou que "O Irã não reconhece o regime sionista e não vai trabalhar com artistas desse regime." Judeu de origem Argentina, Barenboim tem cidadania palestina e mantém, desde 1999, uma orquestra de jovens músicos de Israel e de países árabes.
Mal-me-quer. Rejeitado pelo governo iraniano, Barenboim já havia irritado alas de Israel quando decidiu ser o primeiro maestro a executar uma obra de Richard Wagner, compositor preferido de Hitler, em solo israelense. Sua proposta de dirigir a orquestra no Irã foi atacada também pela ministra de Cultura de Israel, Miri Regev.