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Rock In Rio: GameXP dá espaço para independentes

Espaços de videogames do festival têm produtoras pequenas e destacam equipamentos interativos de realidade virtual

Por Guilherme Sobota
Atualização:

RIO - Música é parte fundamental de qualquer videogame que se preze, e o Rock in Rio não precisou de nenhum motivo maior do que esse para montar, na nova Cidade do Rock, uma área inteira dedicada aos jogos e seus apêndices. A GameXP é uma parceria do festival com a Comic Con Experience e montou aqui a maior tela de games do mundo: 1,4 mil metros quadrados que deixam qualquer Imax no chinelo.

GameXP, uma parte do festival feita só para jogos e gamers, durante o primeiro dia do festival Rock in Rio, nesta sexta-feira, 15, na zona oeste do Rio. Foto: Fabio Motta/Estadão

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Em outro espaço, na Arena Expo Play, diversas marcas e produtores de conteúdo para videogames colocam à disposição do público jogos e muitas interações em realidade virtual. A VR, como é chamada, já está entre nós com força, segundo os expositores da Arena (entre as marcas, a Playstation, a Ubisoft e até seres de outra espécie, como a NBA e o Beto Carrero World). 

O estande mais interessante da Expo Play é o da Rio Criativo, incubadora de economia criativa ligada à Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro. A instituição trabalha em parceria com startups e pequenos empreendedores, e trouxe ao Rock in Rio cases de sucesso na área dos jogos independentes: são 32 empresas e produtoras expondo seus trabalhos em 12 totens.

GameXP, uma parte do festival feita sópara jogos e gamers, durante o primeiro dia do festival Rock in Rio, nesta sexta-feira, 15, na zona oeste do Rio. Foto: Fabio Motta/Estadão

Uma delas é a Dumativa, produtora que fez o jogo A Lenda do Herói – vídeos de “gameplays”, de usuários jogando, acumulam milhões de visualizações no YouTube. “O cenário profissional para desenvolvimento de videogames no Brasil está muito bom”, avalia o produtor Rafael Bastos, um dos criadores de A Lenda do Herói. Além dele, outras 10 pessoas trabalham na empresa, entre músicos, escritores, artistas visuais e desenvolvedores. “A cultura de videogame tem que entrar nos calendários, é cultura pop também, e ultimamente temos visto uma profissionalização muito forte, tanto no desenvolvimento como na parte empreendedora das empresas.”

O músico Arre Colares instruía, na tarde de sexta, jovens jogadoras a passar de fase no jogo Tiny Little Bastards – a produtora Overlord, na qual ele trabalha, arrebanhou um edital da Ancine para a produção do jogo, que já acumula dois anos. Ele concorda com a avaliação do colega. “Os incentivos e os editais são realmente muito importantes”, opina. O jogo, visualmente impressionante, ainda está em fase de desenvolvimento, mas em breve estará disponível nas principais plataformas do mundo, como o Playstation 4 e o Xbox One.

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