Política dos EUA ganha destaque no Grammy Latino

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Por MIKE BLAKE
Atualização:

Enrique Iglesias e o cantor uruguaio Jorge Drexler foram os grandes vencedores do Grammy Latino, na quinta-feira à noite, numa cerimônia em que a política de imigração dos Estados Unidos foi tema de destaque. Iglesias recebeu três Grammys Latinos, incluindo canção do ano, enquanto Drexler e a cantora franco-chilena Ana Tijoux venceram o prêmio de gravação do ano pela canção "Universos Paralelos". O violonista espanhol de flamenco Paco de Lucía, morto este ano, cujo disco "Canción Andaluza" recebeu o prêmio de melhor álbum do ano no Grammy Latino, principal honraria da indústria musical latina. O músico renomado morreu de um ataque cardíaco em fevereiro, aos 66 anos. Mas a política norte-americana teve tanto destaque quanto a música durante a cerimônia em Las Vegas transmitida pela TV, principalmente o novo decreto do presidente dos EUA, Barack Obama, que autoriza 5 milhões de imigrantes sem documentos a ficar e trabalhar no país. O início da cerimônia foi precedido pelo discurso de Obama, no qual ele anunciou o novo decreto de imigração, um assunto central para os hispânicos norte-americanos. A plateia aplaudiu ao fim do discurso de Obama, e Iglesias deu sua opinião ao receber o prêmio de melhor canção do ano por "Bailando", em uma transmissão de vídeo a partir de Paris. "Hoje é uma noite histórica não somente para todos os artistas latinos, mas para todos os latinos que vivem nos Estados Unidos", disse o espanhol de 39 anos. O cantor colombiano Carlos Vives, que ganhou dois prêmios, dedicou seu Grammy Latino de melhor álbum tropical contemporâneo do ano, por "Mas + Corazón Profundo", ao presidente Barack Obama. O 15º Grammy Latino, transmitido nos Estados Unidos pela rede de TV em língua espanhola Univision, foi apresentado pelos atores mexicanos Jacqueline Bracamontes e Eugenio Derbez. Os vencedores foram escolhidos por integrantes da Academia Latina de Artes e Ciências. (Reportagem adicional de Alicia Avila em Los Angeles)

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