James Cotton, pioneiro do blues interpretado com a gaita, que superou a pobreza para introduzir seu instrumento no mundo do rock americano, morreu na quinta-feira aos 81 anos.
O artista, vencedor de um Grammy, com uma carreira de mais de 60 anos e que nunca deixou de fazer shows, inclusive quando teve câncer de garganta, doença que o obrigou a parar de cantar na década de 1990, morreu em consequência de uma pneumonia em um hospital de Austin, Texas, informou seu empresário.
O músico esteve no Brasil em 2013 para quatro apresentações. Cotton ganhou fama em Chicago como integrante da Muddy Waters Band e durante a década de 1960 sua gaita despertou a curiosidade dos hippies que desejavam explorar as raízes blues do rock.
Ele abriu shows para Janis Joplin e Grateful Dead, além de ter colaborado com o Led Zeppelin. O músico cresceu trabalhando em uma plantação de algodão do Mississippi e ficou órfão aos nove anos.
Mas sua mãe já havia apresentado a gaita, com uma versão barata do instrumento para imitar os sons das galinhas e do trem. Ele ouviu o pioneiro do blues com a gaita Sonny Boy Williamson II na rádio e foi levado por um tio para assistir o mestre, que virou seu mentor.
Cotton, que morou nos últimos anos em Austin, lançou seu último álbum em 2013, "Cotton Mouth Man", uma obra semi-autobiográfica sobre sua origem.