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Lollapalooza 2018: Pearl Jam prova que continua com tudo no lugar

Banda encerrou o segundo dia do festival no Palco Bud neste sábado, 24

Por Guilherme Sobota
Atualização:

Escolher a obscura Wash My Love, do disco Ten (1991), o primeiro, é uma forma de o Pearl Jam atestar novamente: podemos tocar qualquer coisa do nosso imenso catálogo. Logo em seguidas vêm os hits incortonaveis dos 27 anos de carreira, mas a afirmação continua forte. Outras bandas dessa idade e desse tamanho raramente se permitem variedades tão diversas.

Pearl Jam encerra o segundo dia de Lollapalooza 2018 em São Paulo. Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Na metade do show da banda no Lollapalooza, que encerrou o segundo dia de festival, Eddie Vedder chama a atenção para os protestos pró-regulamentação das armas dos EUA. “Estou muito orgulhoso, porque isso precisa parar”, disse, se referindo aos ataques nas escolas. Can’t Deny é a música que ele dedica aos jovens nas ruas de seu país. 

++ Lollapalooza 2018: Com problemas no som, show de Liniker e os Caramelows é interrompido

“É uma benção estar aqui com essa galera incrível hoje”, diz em outro momento. “São tantas bandas legais. Obrigado Perry Farrell por ter inventado o Lollapalooza. Vocês estão na TV! Então vamos todos acenar para as nossas famílias”, continua, em um português papal. E aí o Pearl Jam toca uma música chamada Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town, e ninguém consegue reclamar.

Grupo Pearl Jam em apresentação no palco Bud. Foto: Rafael Arbex/Estadão

No palco, Vedder canta 'parabéns para você' para Perry. Uma amizade de muitos anos – e logo depois o fundador do Lollapalooza sobe ao palco para cantar Mountain Song, da sua igualmente legendária banda Jane’s Addiction.

Logo depois, no clássico Jeremy, também daquele primeiro disco, Vedder desce ao fosso e encontra aqueles fãs que ficaram ali por tempo demais esperando esse exato momento.

Eddie Vadder comanda apresentação do Pearl Jam no Lollapalooza 2018. Foto: Rafael Arbex/Estadão

Não há muito o que falar do Pearl Jam além de tudo que já foi falado sobre a banda formada em Seattle quando muitos de seus fãs nem eram nascidos. São momentos: quando eles dedicam Better Man à luta contra o desmatamento na Amazônia, quando deixam a galera cantar o refrão de Black em uníssono, quando Mike McCready se estica nos solos.

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“Vocês fizeram do Brasil a capital mundial do rock and roll”, disse, ainda, numa afirmação aberta para debates. O que sabemos é que eles ainda tocariam alguns clássicos para acabar a noite – a segunda, e penúltima, do Lollapalooza Brasil 2018.

Ao final, com garrafa e copos plásticos na mão, Vedder serviu e distribuiu vinho para quem estava na grade.

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