Josh Homme fala ao 'Estado' e revela que é fã de Dean Martin

Queens of the Stone Age mostra seu mais recente trabalho em show no dia 25, no Espaço das Américas

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Por Jotabê Medeiros
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No dia 25, uma das maiores expressões do rock contemporâneo desembarca em São Paulo para um show único no Espaço das Américas, na Barra Funda: o grupo norte-americano Queens of the Stone Age (Qotsa). Sua centrífuga sonora passa pelo stoner rock, pelas guitarras sombrias do pós-punk, pelo psicodelismo e o resultado é sempre pesado e original. O show faz parte da plataforma Live Music Rocks que, dois dias depois, sábado, desembarca em Porto Alegre, no Pepsi On Stage.

A banda, formada por Josh Homme (vocalista, guitarrista e compositor), Troy Van Leeuwen (guitarra, vocais, teclados, lap steel), Dean Fertita (teclados, guitarra, vocais), Michael Shuman (baixo, vocais, percussão) e Jon Theodore (bateria, percussão), faz turnê de seu festejado disco ...Like Clockwork. Já tinha vindo ao País outras três vezes, mas sempre tocando em festivais: o Rock in Rio, em 2001, o SWU, em 2010, e o Lollapalooza, de 2013.

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O show de abertura em ambas as cidades será de Alain Johannes (curioso músico solitário que toca uma guitarra quadrada e se apresentou no SWU para meia dúzia de gatos pingados, em Itu). Johannes tocou no álbum Lullabies to Paralyze, do Queens, e também no disco do supergrupo Them Crooked Vultures (de Josh Homme, Dave Grohl, John Paul Jones). Josh Homme, o líder dos Queens of the Stone Age, falou ao Estado ontem por telefone.

Vi o show de vocês no Rock in Rio Lisboa. Vai ser igual aqui?

Igual nunca. Acho que, para nós, sempre é importante terminar o que começamos, completar o círculo. Portanto, vamos mostrar aquilo que começamos a mostrar no início desta turnê, mas não tenho a mínima ideia do que tocaremos em cada noite. Não queremos que seja chato, então a gente faz o set list pouco antes.

Tem uma foto sua no Facebook com uma bandeira do Brasil nas costas, e no círculo central está entrando um espermatozoide. Qual é o significado?

Aquilo foi feito por alguns fãs brasileiros. Fizeram uma adequação do nosso logo à bandeira brasileira. Acho que ficou bacana, é um símbolo muito reconhecível.

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Dave Grohl, recentemente, disse que tem esperança de que ele, você e John Paul Jones façam alguma coisa nova com sua superbanda Them Crooked Vultures. Ele tem razão?

Sim, quero muito também. Quando você tem sua própria banda, é sempre bom ter a chance de sair um pouco do script, de fazer coisas que oxigenem sua atividade. Eu, Dave e John estamos tentando arrumar um tempo para fazer algo juntos. Mas não há pressa nem pressão. Parte do charme do Them Crooked Vultures é que não tem compromisso, pode fazer algo a qualquer momento.

Você fez um set acústico em Londres, no Royal Albert Hall, em agosto, tocando de terno e gravata alguns standards ao violão. Há alguma chance de aquilo virar uma turnê mundial?

Sim, acho. Embora possa parecer estranho eu num banquinho tocando um violão, o fato é que é algo que eu sempre fiz e gostaria de fazer mais vezes. Aquele tipo de abordagem das canções permite que eu as mantenha sempre frescas, é um bom jeito de trabalhar uma transição entre um formato e outro.

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Você cantou lá Memories are Made of This, sucesso do Dean Martin. Que tipo de conexão tem com aquele grupo de amigos que faziam música, o Rat Pack?

Entre todos eles, eu gostava muito do Dean Martin, em particular. Sou muito fã do jeito dele cantar, da voz. Ele sempre cantou sorrindo, bebendo, sempre encorajando os amigos a ir para a farra, a alegria. Cada manhã que eu acordo e pego meu carro no trânsito, eu penso em como era legal essa lição do Dean Martin, essa concepção do que seja bom para a vida.

Recentemente, pela primeira vez em dez anos, vocês convidaram para se juntar a vocês no palco o baixista Nick Oliveri, que foi demitido pelo Queens em 2004. Ele chegou a ser preso no Brasil por tocar pelado no Rio, em 2001. Qual foi o propósito de reatar com Nick?

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