John Mayer surgiu dez minutos depois do horário marcado,21h25,para a passagem por São Paulo de sua turnê The Search for Everything, nome de seu álbum mais recente, lançado neste ano. E o Allianz Parque estava ainda bem vazio, se comparado a outros shows que passaram por ali recentemente. Os anéis das arquibancadas com posições de frente ao palco estavam com pouquíssimas pessoas e a pista Premium tinha uma concentração maior à frente do palco.
Do palco, Mayer não parecia abalado. Seu show veio com força desde o início, com uma sequência matadora. Helpless, Moving On and Getting Over, Something Like Olivia, Changing. Sua guitarra é poderosa, cheia de lições bem feitas das aulas que teve nos discos de Stevie Ray Vaughan e Eric Clapton, o fazendo um caso quase isolado dentre os popstars de sua geração.
O chamado Capítulo 3 (ele dividiu o show em cinco capítulo) esteve especialmente poderoso, com os blues Everyday I Have The Blues, Crossroad Blues, Who Did You Think I Was. Com Free Fallin, em outro momento, fez uma bela homenagem a Tom Petty, morto recentemente, deixando claro a beleza que consegue extrair do lugar que encontrou entre o blues e o pop.
Mayer estava visivelmente mais magro, um pouco pálido e com olheiras que denunciavam um certo cansaço. Isso visualmente, nada que tenha passado para suamúsica durante a média de duas horas previstas para que ele seguisse no palco. Ainda que não tenha o carisma dos maiores popstars, ele já tem uma coleção de hits que seguram uma plateia nasmãos. E foi o que aconteceu.