PUBLICIDADE

Iggy Pop, o astro do "Claro que é Rock"

Seis bandas internacionais, como Iggy & Stooges e Sonic Youth, e outras dez brasileiras tomam conta da Chácara do Jockey, sábado, no festival Claro que é Rock  Ouça

Por Agencia Estado
Atualização:

Caso você reconheça o distinto senhor sem camisa na foto ao lado, provavelmente pode pular direto para a seção de serviço desta matéria. Não vai ser necessário nenhum argumento para convencê-lo a ir ao Claro Q É Rock. Caso você não reconheça, esse aí é aquele que de quem você já deve ter ouvido algum amigo esquisitão lhe falar, Iggy Pop, o mito, o homem que com três acordes destruiu os anos 1960. Sem ele não haveria o punk e o que veio depois, e provavelmente William Bonner apresentaria o jornal de cabelos compridos, como fez Cid Moreira nos anos 1970 (apenas meio compridos, é verdade...) e os CDs teriam de vir em DVD para conterem solos de bateria de mais de 120 minutos. Sem ele tampouco haveriam simplesmente todas as outras bandas que se apresentam no evento. Depois de rasgar tanta seda para o ?avô do punk?, magro aos 58 anos, vamos aos ?avôs do indie?. Sonic Youth se tornou o queridinho dos universitários americanos ao criar a ?no wave? no início dos anos 1980. Ao incluírem ao já barulhento punk ruídos de microfonia e efeitos eletrônicos dissonantes, deram um ar intelectual e experimental ao estilo, sem por isso recorrerem ao excesso de pretensão (e tamanho das faixas) do rock progressivo. A banda influenciou gente como Nirvana, Pixies, Pavement e Beck, praticamente criando o que seria conhecido como a música ?indie?. Surgido em Oklahoma em 1983, o Flaming Lips está na fronteira entre a música e a performance. Os norte-americanos são elogiados por juntar belas melodias com experimentações de estúdio. No palco, eles lançam mão de recursos como fantasias de bichos e projeções editadas pelos próprios integrantes. A banda já tinha muitos anos de estrada quando foi descoberta pelo grande público, no final dos anos 1990. Ouça Fight Test Fantomas é a nova banda de Mike Patton, ex-vocalista do Faith No More, que, fundada em 1982 (Patton entrou apenas em 1988), é considerada uma das mais inclassificáveis do que (para ser classificado) foi chamado de ?metal alternativo?, sendo precursores do funk metal e do nu metal atual. Quando, em 1989, o Nine Inch Nails mostrou ao mundo sua mistura de rock com música eletrônica, foi o responsável por popularizar o gênero que ficou conhecido como industrial. Seria estranho chamar o NIN de banda, já que o único integrante oficial é o cantor, produtor e multiinstrumentista Trent Reznor. Suas composições valorizam a melodia e os vocais - o que acabou por dar uma cara mais humana aos beats secos. Muitas bandas que vieram depois absorveram as influências dessa estrela genuína. Dos internacionais, ainda há Good Charlotte, formada em 1995 pelos irmãos Joel e Benji Madden, mas que acabou estreando em CD apenas em 2002, graças ao fato de terem se tornado VJs da MTV americana. O som é basicamente punk-pop, lembrando um pouco o Green Day. Seria injusto, evidentemente, deixarmos de falar dos brasileiros no festival. Além de vários grupos da cena independente nacional - com destaque para Nação Zumbi, banda fundada pelo falecido Chico Science e hoje sob o comando de Jorge Du Peixe, que, junto a Mundo Livre S/A, criaram uma verdadeira onda de mestiçagens musicais de ritmos locais com hip hop, eletrônica e hardcore, no movimento mangue beat. E ainda os gaúchos sessentistas (com direito a gravatinha) do grupo Cachorro Grande. Essa seleção toda foi montada por meio de uma pesquisa que a Claro realizou este ano entre os freqüentadores de baladas alternativas. O show deve durar doze horas, com previsão de acabar às 3h da manhã. Com dois palcos, apesar dos horários intercalados, é bom ficar atento para não perder o começo de seu show favorito. A chácara do Jockey recebeu um reforço de 1.597 seguranças, 4 bares com quitutes e uma tenda para descanso. Ainda é possível encontrar ingressos disponíveis, mas é melhor correr: sem exagero, não vai ser tão cedo que se verá um show assim novamente em São Paulo. Serviço - O festival Claro que é Rock deve reunir 30 mil pessoas neste sábado, na Chácara do Jockey (av. Francisco Morato, 5.100). Ingressos: R$ 120. www.ingressorapido.com.br Os shows vão ser divididos em dois palcos. Palco A: Cachorro Grande, Good Charlotte, Fantômas, Iggy and The Stooges e Nine Inch Nails. Palco B: Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Volpina, Cartolas, Star 61, Spiegel, 10 Zero 4, Os Imperdíveis, Moptop, Nação Zumbi, Flaming Lips e Sonic Youth Abertura dos portões: 12h Informações: www.claro.com.br/hotsites/claroqerock/hotsite.html

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.