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Diogo Nogueira mostra novo disco e repertório consagrado em SP

Grupo encorpado de músicos e letras de 'arrasar corações' são a marca

Por Carolina Spillari
Atualização:

SÃO PAULO - O vozeirão de Diogo Nogueira arrancou gritos do público que lotou o HSBC Brasil, em São Paulo, na noite deste sábado, 5, para assistir ao show do seu último DVD "Sou Eu". Cheio de charme, o portelense trouxe o samba e o carnaval para o palco, onde se apresentaram também bailarinos da Companhia Carlinhos de Jesus.

 

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O sambista abriu o repertório com "Deus É Mais", seguida de "Força Maior" e "Fé em Deus" e logo emendou: "Isso não é igreja não, mas é sempre bom falar de Deus. Fui premiado duas vezes. Com muita fé em Deus vai dar tudo certo", comemorou o predestinado músico, que já tentou a carreira de jogador de futebol e desistiu.

 

Em tom de romantismo, Diogo trouxe Agepê de volta com "Deixa eu Te Amar" e "Me Leva". Homenageou também Ivan Lins com "Lembra de Mim", que contou ter gravado com o próprio autor. Do "velho", como chamou seu pai, João Nogueira, mostrou "Poder da Criação","Batendo a  Porta" e a grandiosa "Espelho". Outra canção que entrou no show foi "Pelo Amor de Deus", famosa na voz de Emílio Santiago. De Martinho da Vila cantou "Ex Amor".

 

Diogo transparece seu imenso gosto pela vida e exala talento na escolha do repertório com nomes fundamentais para a música brasileira. Em apenas três anos de carreira, seus sambas seguem a trilha dos grandes, como mostra a letra de "Razão Pra Sonhar", de sua autoria: Um jangadeiro avisou/O mar do amor é agitado/E no balanço da maré/Eu naveguei para o seu lado".

 

Das suas, o cantor mostrou "Contando Estrelas, do disco "Sou Eu", "Tô Te Querendo", "Tô Fazendo a Minha Parte", do CD homônimo, que ganhou o Grammy em 2010, "Da Melhor Qualili" e "A Vitória Demora, mas vem".

 

Vozes, cavaco, banjo, surdo, trompete, clarinete, sax, flauta, pandeiro, bateria, baixo, percussão e violão são alguns dos instrumentos que costumam acompanhar Diogo, que ano passado fez turnê pela Europa.

 

Lapa

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Na segunda metade do show, os figurinos e palco se transformaram para dar lugar a Lapa. Foi a vez dos bailarinos da Companhia Carlinhos de Jesus, que mostraram todo o seu gingado e profissionalismo ao som de "Homenagem ao Malandro" de Chico Buarque. Outra canção bem lembrada sobre o tema foi "Malandro é Malandro, Mané é Mané", de Bezerra da Silva.

 

E a reverência ao mundo do samba continuou após a música que dá título ao álbum "Sou Eu". De Zeca Pagodinho vieram "Lama nas Ruas" e "Deixa a Vida Me Levar". De Alcione, "Amor Imperfeito". De Beth Carvalho, "Acreditar" e de Alexandre Pires, "Vestibular da Solidão".

 

No finalzinho do show, "Visão de Aquarela", da Portela, antecedeu "Aquarela Brasileira", letra que inspira profundo nacionalismo. Outra música que remeteu ao Carnaval no show de Diogo Nogueira foi "É Hoje o Dia", de Caetano Veloso. A última exaltou Beth Carvalho, "Vou Festejar".

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