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Chico Buarque assina manifesto de apoio a Cuba

Por Agencia Estado
Atualização:

Mais de 600 intelectuais e personalidades somaram suas assinaturas este fim de semana a uma declaração pública de apoio a Cuba e pedindo aos Estados Unidos para respeitarem a soberania da ilha - entre eles Chico Buarque de Holanda. A declaração surgiu depois de uma onda de críticas ao governo cubano pelas duras sentenças aplicadas a 75 dissidentes e opositores, e pelo fuzilamento de três homens que tentaram sequestrar uma lancha para fugir para os Estados Unidos. Intitulado "A Consciência do Mundo", o documento foi divulgado pelo ensaísta mexicano Pablo González Casanova durante as celebrações do 1º de Maio na Praça da Revolução. Inicialmente, a declaração recebeu 227 assinaturas, mas hoje já contava com 377. "A invasão do Iraque teve como consequência a quebra da ordem internacional. Uma única potência prejudica hoje as normas de entendimento entre os povos. Essa potência invocou uma série de motivos não confirmados para justificar sua invasão", afirma-se no texto. "A pressão de que Cuba é vítima pode ser o pretexto para uma invasão", avalia a breve mensagem de dois parágrafos, que termina pedindo o respeito à ilha e à sua soberania. Entre as assinaturas iniciais estavam as dos Prêmios Nobel da Paz Rigoberta Menchú, Nadine Gordimer, Adolfo Pérez Esquivel e Gabriel García Márquez. A eles se uniram Eduardo Galeano, Ernesto Cardenal, Harry Bellafonte, entre outros. Constam entre as últimas assinaturas agregadas a de Chico Buarque, do alemão residente no Brasil Max Altmann, do sobrevivente dos campos de concentração e pastor americano Eliecer Valentin-Castanon e de Theotonio dos Santos. O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, negou este fim de semana que seu país tenha planos militares para a ilha caribenha. Em entrevista no programa Meet the Press, na rede NBC, Powell disse: "Não pensamos neste momento que seja necessário utilizar a força militar".

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