Chaka Khan se prepara para estreiar na Broadway

Cantora, apesar de admitir que não gosta de atuar, fará o papel de Sofie em 'The Color Purple'

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Por Franklin Paul e da Reuters
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A cantora Chaka Khan, premiada com o Grammy, está se preparando para o papel que talvez seja o mais difícil de sua vida: fazer sua estréia na Broadway, apesar de admitir que não gosta de atuar.   Chaka já vendeu milhões de álbuns nas últimas três décadas, mas não fez praticamente nada como atriz, exceto por um papel no musical gospel Mama I Want to Sing, em Londres em 1995, e algumas participações especiais na televisão.   Desde o lançamento de seu novo CD (Funk This), porém, ela vem se ocupando com os ensaios de The Color Purple, no qual fará o papel de Sofie, contracenando com a cantora gospel Bebe Winans.   Em entrevista recente à Reuters, a cantora de 54 anos, que nasceu com o nome Yvette Marie Stevens, falou com franqueza sobre estrear na Broadway e a dificuldade de encontrar um parceiro produtor, após a morte de seu colaborador de longa data Arif Mardin.   Reuters: Atuar é algo que você quer levar adiante seriamente?   Chaka Khan: Não. Não é a coisa que mais gosto de fazer, porque é muito mundano. É como trabalhar num emprego normal, fazendo a mesma coisa todos os dias. Não faz meu gênero.   Reuters: Então por que estrear na Broadway?   Chaka Khan: Isso vai ser bom para minha carreira, para me manter visível. Além disso, trabalhar em um musical nos ensina muitas coisas, tais como a paciência. Espero fazer um bom trabalho. Mas não prevejo virar atriz. Se surgir alguma coisa irrecusável, vou acompanhar o fluxo. Se eu achar que sou capaz de encarar, farei - de outro modo, não.   Reuters: Seu novo CD, Funk This, vem sendo saudado como retorno ao início de sua carreira. Isso foi intencional?   Chaka Khan: Trabalhei com os produtores Jimmy Jam e Terry Lewis, e eu quis fazer um álbum de funk. Me apaixonei por minha voz outra vez. Esse projeto teve muitos músicos ao vivo... e me lembrou de Arif Mardin, desse tipo de coisa.   Reuters: Você ficou receosa de encontrar novos produtores, após a morte de Mardin (em junho de 2006)?   Chaka Khan: Eu me perguntei "quem é que me entende?" Quem estava presente quando eu comecei e conhece as pessoas que já trabalharam comigo? Ele (Mardin) era como um tio para mim. Vários produtores (convidados para trabalhar no projeto) não me entendiam, ou então pensavam que eu era Etta James ou algo assim. Eles conheciam Tell Me Something Good, mas não me conheciam. Não eram as pessoas certas.   Reuters: Então trabalhar com Jam e Lewis foi a opção certa?   Chaka Khan: Imediatamente. Houve uma sincronia divina. Era como se ele (Mardin) ainda estivesse presente.

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