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Astrid S, prodígio do pop norueguês, canta a dor da despedida em novo disco

Jovem lança EP ‘Party’s Over’ e canta sobre a tristeza das despedidas, mas não esquece as batidas para dançar

Por Pedro Antunes
Atualização:

Aos 20 anos, Astrid S, nome artístico da cantora norueguesa Astrid Smeplass, ainda está descobrindo o que é dor da despedida – de qualquer rompimento que seja, do fim da gravação de um disco à formatura do colégio. O sentimento, melancólico e libertador, toma as rédeas do novo trabalho dela.

Assim nasceu Party’s Over, o segundo EP da prodígio da música pop norueguesa, descoberta ao participar da versão local do reality show musical Pop Idol ainda aos 16 anos. É o resultado de um ano passado cheio de despedidas e viagens entre Europa e Estados Unidos. “Foi um período corrido”, ela diz, sobre 2016, quando viveu entre Los Angeles e Oslo. “Tinha quatro dias em casa e depois voltava para a turnê ou para o estúdio. Só tinha tempo de tirar as roupas sujas da mala, colocar algumas peças limpas de volta e saía pela porta de novo.”

Astrid S Foto: Stian Andersen

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Em 2016, saiu a estreia solo dela, o EP Astrid S. Um ano depois, chega Party’s Over, um trabalho no qual ela experimenta mais ao colocar a voz, retrabalhada com os efeitos que o pop tanto adora, deitada confortavelmente nas batidas feitas para provocar uma vontade inerente de dançar na pista. 

São seis músicas que evocam o sentimento agridoce do fim. Diante da tarefa completada, sente-se o prazer da conquista e a percepção de que aquilo que se viveu até aqui chegou ao fim. “Acho que a música que dá nome a esse EP é perfeita para ajudar a entender o que estou cantando aqui”, explica a cantora. “Party’s Over foi a primeira que fiz para esse disco. Ela tem uma sensação de nostalgia e tristeza pelo fim.”

A festa, no caso de Astrid, ainda está começando. Sua música é ideal para rádios FM e só começou a circular recentemente. O maior sucesso dela é a recente Hurts So Good, uma canção que ultrapassou as 100 milhões de execuções no serviço de streaming Spotify, lançada há pouco mais de um ano. 

O desafio com Party’s Over é não soar genérico. Novamente com a parceria de Julia Michaels, uma das muitas pessoas a assinar a composição de Sorry, de Justin Bieber, Astrid aposta em Such a Boy – os xilofones e os sintetizadores são um tempero que pode funcionar. “É bom entender que as coisas acabam”, ela teoriza. “Por mais que machuque, é importante saber que algo novo se inicia.” 

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