10 frases de Zygmunt Bauman

Professor emérito das universidades de Varsóvia e Leeds, o intelectual polonês estava com 91 anos e cunhou o conceito de modernidade líquida

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Por Amilton Pinheiro
Atualização:

O filósofo, sociólogo e escritor polonês Zygmunt Bauman morreu nesta segunda-feira, 9, em Leeds, na Inglaterra. Ele tinha 91 anos.

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Veja a seguir 10 frases que capturam uma pequena parcela do pensamento intelectual do pensador que teve grande influência no século 20 -- em entrevista a Maria Fernanda Rodrigues, publicada no caderno Aliás, em agosto de 2016, Bauman falou sobre seus estudos sobre a fragilidade nas relações humanas atuais, resultado, no seu entender, do consumo desenfreado no mundo globalizado. “Trinta anos de orgia consumista resultaram em um estado de emergência sem fim”, afirmou.

Veja outras frases ditas em entrevistas:

Zygmunt Bauman teve maisde 30 livros publicados no Brasil que apresentam reflexões relevantes no que se refere à sociedade pós-moderna: globalização, consumo, instabilidade do amor e individualismo. Foto: Reprodução

Frases de Zygmunt Bauman

“A preocupação com a administração da vida parece distanciar o ser humano da reflexão moral”.

“Três décadas de orgia consumista resultaram em uma sensação de urgência sem fim”.

“O fim desta confiança engendra, por outro lado, um ambiente em que ‘ninguém assume o controle’, em que os assuntos do estado e seus sujeitos estão em queda livre, e prever com alguma certeza que caminho seguir, sem falar em controlar o curso dos acontecimentos, transcende a capacidade humana individual e coletiva”.

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“Loucos são apenas os significados não compartilhados. A loucura não é loucura quando compartilhada”.

“Viver entre uma multidão de valores, normas e estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos é perigoso e cobra um alto preço psicológico”.

“O que pensávamos ser o futuro está em débito conosco. Para superar a crise, temos de ‘voltar ao passado’, a um modo de vida imprudentemente abandonado”.

“Uma advertência: ‘crise de democracia’ é uma abreviação, uma noção limitada. Em países com constituições democráticas, a crise de um Estado-nação territorialmente confinado é culpa (afirmação fácil, mas não muito competente) de seus órgãos e características definidos constitucionalmente, com a divisão de poderes, liberdade de expressão, equilíbrio de poderes, direitos das minorias, para citar alguns”.

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“A meu ver, os otimistas acreditam que este mundo é o melhor possível, ao passo que os pessimistas suspeitam que os otimistas podem estar certos... ”.

“Se Marx e Engels escrevessem o Manifesto Comunista hoje, teriam de substituir a célebre frase inicial – 'Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo' – pela seguinte: 'Um espectro ronda o planeta – o espectro da indignação'”.

“O comunismo se encaixava nas medidas do século 19. O século 19 foi um período de grande otimismo. Em primeiro lugar, as pessoas estavam convencidas — e tinham orgulho disso — de que, com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, seria possível refazer o mundo, virá-lo de cabeça para baixo”.

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