Morre Flávio Gikovate, psiquiatra e escritor

Ele tinha 73 anos e lutava, desde abril, contra um câncer; há um mês, lançou 'Para Ser Feliz no Amor

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Foto do author Maria Fernanda Rodrigues
Por Maria Fernanda Rodrigues
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Médico psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor, Flávio Gikovate morreu nesta quinta-feira, 13, às 18h30, depois de uma curta batalha contra um câncer de pâncreas descoberto em abril. Ele estava internado no hospital Albert Einstein desde o início da semana passada.

Despedida. Há um mês, ele lançou seu último livro Foto: Iara Morselli/Estadão

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Autor de inúmeros livros que se tornaram best-sellers, ele apresentava o programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN, e participava periodicamente de encontros, sempre lotados, com o público na Livraria Cultura. 

Foi num desses encontros, em 13 de setembro, que ele apresentou seu último livro: Para Ser Feliz no Amor (Summus). Na obra, o autor analisa os aspectos que prejudicam os relacionamentos - para ele, a baixa autoestima, o ciúme, o medo de perder o ser amado, a vontade de mudar o outro. E, claro, aponta o caminho para que o casal encontre a felicidade. 

Confiante no tratamento, Gikovate andava cheio de planos. Dois dias depois do lançamento, no entanto, descobriu uma metástase.

Pioneiro nos estudos sobre o sexo, amor e vida conjugal no Brasil, ele publicou mais de 30 livros que já venderam, juntos, cerca de 1 milhão de exemplares. Gikovate falava sobre temas complicados de relacionamento de um jeito que todos entendiam. Daí seu sucesso.

Sua estreia na literatura foi em 1975. De lá para cá, publicou obras como O Mal Bem e Mais Além, Uma História do Amor... Com Final Feliz, A Arte de Educar, Uma Nova Visão do Amor, Ensaios sobre Amor e Solidão, Deixar de Ser Gordo, Além do Divã - Autobiografia e muitos outros.

Nascido em 11 de janeiro de 1943, Flávio Gikovate se formou em medicina em 1966, na USP. Ele contava que sua grande fonte de inspiração eram seus pacientes - foram mais de 10 mil nesses 50 anos.

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“Escrevo o que vivo na prática. E não há melhor material de observação do que o comportamento das pessoas. Não invento fórmulas. Meu objetivo é levar conhecimento. Se isso é autoajuda, então escrevo livros de autoajuda. Não tenho medo de rótulos. O meu respaldo não é acadêmico. Ele vem do público, que compra os meus livros e gosta do que lê", escreveu em seu site.

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