Mia Couto e Milton Hatoum participam do festival Minha Língua, Minha Pátria

Até domingo, 26, autores lusófonos conversam com leitores na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi

PUBLICIDADE

Foto do author Maria Fernanda Rodrigues
Por Maria Fernanda Rodrigues
Atualização:

Com autores brasileiros, portugueses e africanos, será realizada entre hoje, 23, e domingo, a segunda edição do Minha Língua, Minha Pátria, um projeto que teve origem em 2015 numa parceria entre a Livraria Cultura e o jornal Público, de Portugal, e que nesta segunda edição é promovido apenas pelo Instituto Eva Herz, ligado à livraria. Todos os encontros, gratuitos, são realizados na loja do Shopping Iguatemi (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, piso 3).

Mia Couto é o único africano da programação Foto: Gabriela Biló/Estadão

PUBLICIDADE

O moçambicano Mia Couto é o convidado desta quinta, às 19h30. Ele conversa com Paulo Werneck, editor da revista literária Quatro Cinco Um, sobre a trilogia As Areias do Imperador, que ele está concluindo.

Na sexta, também às 19h30, o cronista do Caderno 2 Milton Hatoum e Samuel Titan Jr. debatem A Noite da Espera, o novo romance de Hatoum, com o qual ele abre a trilogia O Lugar Mais Sombrio.

A programação de sábado e domingo será mais cedo, às 16 horas. No primeiro dia, sobem ao palco os portugueses Isabela Figueiredo e Bruno Vieira Amaral. O tema do debate será Mera Ficção e Pura Realidade: As Vozes da Margem Sul do Rio Tejo e a mediação será feita por Paulo Roberto Pires.

Domingo será dia de HQ. Os brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá conversam com o português Afonso Cruz sobre quadrinhos e literatura. A mediação será de Isabel Lucas.

O objetivo do projeto, explica a curadora Simone Duarte, é mostrar aos brasileiros o que de novo está sendo feito nos outros países de língua portuguesa, mas sem esquecer os clássicos, além de debater temas atuais.

+ A nova biblioteca quer mostrar que não é só lugar de estudantePrefeitura vai comprar R$ 1 milhão em livros para bibliotecas em 2018, diz secretário André Sturm

Publicidade

“Isabela e Bruno são filhos de retornados (500 mil portugueses que deixaram as colônias africanas com as independências), pouco ou nada conhecidos no Brasil e transitam entre a ficção e a realidade de uma forma única. O acerto de contas que Isabela faz com o pai morto em Caderno de Memórias Coloniais é um soco no estômago, de uma coragem rara, como também é a de Bruno ao investigar a morte do primo de 21 anos que aparece degolado. E Afonso Cruz é, para Mia Couto, uma das vozes mais criativas da nova literatura de língua portuguesa”, comenta Simone acerca dos convidados portugueses.

Antes de chegar a São Paulo, o Minha Língua, Minha Pátria passou por Salvador, com outros convidados. A ideia é que o evento seja anual, chegue a outras cidades e traga mais autores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.