TÓQUIO - Fãs do escritor Haruki Murakami, 68, correram às livrarias japonesas nesta sexta, 24, para comprar o seu novo romance, Kishidancho Goroshi (Matar o Comendador, em tradução livre). A história é contada em duas partes: a primeira é de um pintor de retratos de 36 anos, e o que acontece depois do seu divórcio. Ele vai morar em uma casa velha em uma montanha no oeste de Tóquio. Lá ele vai encontrar um misterioso vizinho e uma pintura que é aludida no título do livro em japonês. O escritor Murakami descreveu o seu novo romance como “uma história muito estranha”.
Devotados fãs do escritor, internacionalmente aclamado autor de best-sellers, foram às portas das livrarias na véspera do lançamento do livro. Segundo informou a editora do autor, Shinchosha Publishing Co, o livro ainda não tem previsão de lançamento no exterior.
Murakami não gosta dos holofotes que a fama trouxe e não é de falar muito em público, apesar de já ter feito comentários sobre questões como a paz mundial e energia nuclear. Antes de terminar a faculdade, na Universidade de Waseda, em Tóquio, ele abriu um bar de jazz (Peter Cat) e lançou seu primeiro romance Her The Wing Swing, em 1979 (não foi traduzido no Brasil). A fama no Japão, no entanto, só chegaria com Norwegian Wood, quando ele se transformou em uma estrela da literatura.
O lançamento do livro coincide com o prêmio “Friday”, iniciativa do governo japonês para que os trabalhadores deixem mais cedo o serviço e aproveitem mais tempo no final de semana. A editora estima 1,3 milhão de cópias na primeira edição, um número expressivo mesmo para os padrões japoneses.