'Diário de Anne Frank' poderá servir para fins científicos

Polêmica envolve data em que a obra entra em domínio público

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Por Redação
Atualização:

A justiça holandesa considerou que os textos originais do Diário de Anne Frank podem ser copiadas para a pesquisa científica, descartando uma disputa legal que giram em torno dos direitos da obra.

O Fundo Anne Frank, cuja sede fica em Basileia (Suíça), é proprietário da obra da jovem judia e pediu ao tribunal que impedisse à Fundação de mesmo nome, que gerencia a casa-museu em Amsterdã, a publicação dos textos com objetivos científicos.

Cópia do 'Diário' em um museu de Los Angeles Foto: Monica Almeida|The New York Times

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Mas o tribunal de Amsterdã afirmou que estes textos podem ser copiados pela Fundação e pela Academia Holandesa de Ciências, em uma sentença que não altera a duração dos direitos autorais, já que a Fundação e o Fundo chegaram a um acordo sobre o direito aplicado na Holanda.

O Diário de Anne Frank, escrito por uma adolescente judia entre junho de 1942 e agosto de 1944 enquanto se escondia dos nazistas junto com a família em Amsterdã, foi publicada pela primeira vez em holandês por seu pai, em 1947, e depois traduzido para mais de 70 idiomas.

Legalmente, uma obra passa a domínio público no dia 1º de janeiro depois de 70 anos da morte de seu autor.

O Fundo afirma que o texto é uma obra póstuma, publicada depois da morte de Anne Frank em 1945, aos 15 anos, no campo de concentração alemão de Bergen-Belsen.

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