Biografia conta a história do primeiro Drácula do cinema

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Por DAVE GRAHAM
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O primeiro retrato cinematográfico de Drácula foi tão sombrio que alguns críticos se perguntaram se o ator era realmente um vampiro. Mas desde sua morte, pouco foi feito para ressuscitar a reputação de Max Schreck-- até agora. Schreck é sempre lembrado por ter representado o cadavérico vampiro Conde Orlok no clássico do cinema mudo de 1922 "Nosferatu: Uma Sinfonia de Horror" de F.W. Murnau, uma adaptação não-autorizada do romance "Drácula", de Bram Stoker. O resto de sua carreira foi completamente esquecido, o que para o autor alemão Stefan Eickhoff, que escreveu a biografia de Schreck, é algo injusto. "Quem espera descobrir um vampiro, ficará desapontado, mas achará um ator de grande habilidade e versatilidade", disse Eickhoff. "Ainda assim, ele permanece coberto pelo mistério". "Nosferatu" falhou em tornar seu principal ator uma estrela, mas conseguiu um status cult tão grande que fez que muitos estudiosos de filmes achassem que seu nome -- a palavra Schreck significa "medo" ou "susto" em alemão -- fosse na verdade um pseudônimo. Mesmo com anos de pesquisa, Eickhoff achou que não havia anedotas ou mesmo referências sobre Schreck nas memórias de pessoas com as quais ele havia trabalhado. Eickhoff disponibiliza uma crônica detalhada da carreira de Schreck, filho de um funcionário público que representou cerca de 800 papéis no palco e no cinema. Visões sobre o homem por trás da máscara de ator continuam escassas. Apenas na morte, o personagem de Schreck se torna mais vivo. As mais reveladoras descrições do ator vem de tributos e homenagens feitas a Schreck depois de sua morte repentina em 1936. A biografia escrita por Eickhoff "Max Schreck -- Gespenstertheater" (Teatro Fantasma) será publicada ainda este ano.

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