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Autora faz sucesso com livro sobre magia

Stephanie Garber é nova promessa para suceder série ‘Jogos Vorazes’

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Por Matheus Mans
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De tempos em tempos, surge um livro que agarra a atenção dos jovens adultos – ou Young Adults, no termo em inglês – e que vira um fenômeno instantâneo. São histórias que permitem que o leitor se identifique com a trama, viaje com ela e se sinta em outro universo, em outra vida. Foi assim com Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes, que conquistaram uma legião de fãs através dos anos e transcenderam as páginas dos livros. Agora, uma nova escritora surge como uma grande promessa dentro desse estilo literário: a americana Stephanie Garber, autora best-seller do The New York Times com o livro Caraval, que acaba de chegar ao País.

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Primeira obra na carreira da norte-americana, Caraval esgotou-se na livraria virtual Amazon dos Estados Unidos apenas duas semanas após o lançamento, batendo recordes históricos da loja para uma escritora iniciante e quase sem experiência no mercado literário. Além disso, a história já começou a alçar seus voos próprios: foi traduzida para 26 países e teve os seus direitos comprados pela produtora de cinema Twentieth Century Fox, que já está desenvolvendo o projeto do longa-metragem com o nome de Hearts Made of Black. É um sucesso absoluto em termos de audiência e, para a americana, em termos de consolidação de sua breve carreira.

“Antes de Caraval, escrevi outros cinco livros que nunca venderam, nunca foram publicados. Foi doloroso”, afirma a escritora em entrevista ao Estado. “Mas acho que parte da razão pela qual eu pude continuar escrevendo foi por eu não ter como objetivo a publicação das minhas histórias. Eu queria apenas continuar a escrever.” E, hoje, Graber pode comemorar. Não só foi publicada, como se tornou um fenômeno mundial entre jovens.

Segundo ela, o motivo para tamanho sucesso está na delicadeza e na magia de seu livro. Com uma linguagem simples, mas que não cai na obviedade, Caraval conta a história de Scarlett, uma jovem que nunca saiu da pequena ilha onde ela e sua irmã, a ousada e independente Donatella, moram desde pequenas e que é governada pelo seu pai, o cruel Dragna. No entanto, sua vida começa a se transformar intensamente quando ela recebe um par de ingressos para conhecer Lenda, um mágico itinerante que comanda um jogo perigoso, belo e muito elaborado, ao melhor estilo do que foi visto na série de livros de Jogos Vorazes, escrita pela americana Suzanne Collins e que fez um estrondoso sucesso nos cinemas com a atriz Jennifer Lawrence.

“Amo Jogos Vorazes, então eu sempre fico lisonjeada pela comparação que as pessoas fazem. Mas, ainda assim, fico surpresa por relacionarem Caraval com a história criada por Suzanne Collins”, afirma a escritora, quando questionada sobre as influências presentes em seu livro. “No entanto, eu acredito que as pessoas comparam Caraval com Jogos Vorazes por conta da relação entre as irmãs em minha história. Além de ter o elemento do jogo e da competição entre as pessoas. Mas eu criei um jogo mágico, não mortal. No final, eu queria escrever um livro que cause uma sensação oposta do que sentimos em Jogos Vorazes.” 

No entanto, é impossível não fazer comparações com outras obras literárias que foram sucesso entre os jovens nos últimos anos. Existe a magia de Harry Potter e de O Circo da Noite, o misticismo de As Crônicas de Nárnia, o elemento distópico de Divergente e, por mais que a autora negue, há uma forte presença do elemento conspiratório e de tensão de Jogos Vorazes – ainda que, no caso do livro de Stephanie Garber, esteja mais voltado para a magia e para o romance. E ela, mesmo negando a influência, não pensa duas vezes antes de se afirmar como uma fã fervorosa de literatura voltada para leitores jovens adultos.

“Escrevo livros para jovens adultos, pois é o tipo de literatura que eu mais amo ler”, afirma a autora, quando questionada sobre a incursão no gênero e os possíveis preconceitos que podem surgir a partir daí. “Eu amo como eles são divertidos, acessíveis e como eles aproveitam tantas experiências e emoções que são vitais para tantas pessoas. Além disso, escrever histórias para jovens adultos é um desafio único. Para escrever literatura adulta jovem, você precisa não só contar uma história poderosa, mas conectar-se a um grupo de leitores muito exigentes. Me sinto privilegiada de escrever nesse gênero.”

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E ao ser questionada se ela viveria na história de Caraval, passando pelas provações, temores e encantamentos apresentados pelo mágico Lenda, a americana é enfática em sua resposta. “Definitivamente”, diz Graber, entusiasmada. “Essa é a outra parte do motivo de eu ter escrito esse livro. Queria criar um mundo que eu gostaria de visitar, brincar e me apaixonar. E acho que consegui fazer isso de alguma forma”, acrescenta.

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