Da última vez que esteve no Brasil, em 2006, o grupo Thievery Corporation teve de "duelar" com uma instituição da música eletrônica, os franceses do Daft Punk, e o saldo foi favorável. Sua mistura de dub, techno, jazz, R&B, trip hop e até bossa nova, aliada a uma superbanda com cítara, trompete, baixo, guitarra, percussão e cinco cantoras levou de arrastão o TIM Festival, na época.De volta daqui a alguns dias para a primeira edição do Lollapalozza Festival, o Thievery Co. toca no dia 8 de abril no Jockey Club de São Paulo, numa jornada vertiginosa de música. É formado por Eric Hilton e Rob Garza, dupla norte-americana, mas no palco é uma big band. Dizendo-se fãs do Fugazi, há alguns anos passaram a fazer comentários políticos mais exacerbados ("Somos mais radicais que muitas bandas punk", dizem) e críticas ao "sistema".Essa linha de música neopsicodélica com estofo político começou a dar respeitabilidade ao Thievery a partir do disco The Richest Man in Babylon (2002), que incorporou preocupações sociais ao seu repertório. Rob Garza falou brevemente ao Estado por telefone.