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'Tablóides quase me levaram ao suicídio', diz Heather Mills

Ex-mulher de Paul McCartney critica duramente a cobertura de seu divórcio feita pelas publicações britânicas

Por Mike Collett-White e da Reuters
Atualização:

Heather Mills, a ex-mulher do Beatle Paul McCartney, criticou duramente os tablóides britânicos, afirmando que as publicações quase fizeram com que ela se suicidasse. Heather apareceu em um canal britânico de TV na quarta-feira, 31, para divulgar sua campanha para mudar as leis responsáveis por regular os meios de comunicação. As mudanças visariam oferecer às pessoas uma maior proteção contra os paparazzi e alguns jornais, em especial o The Sun. "Durante 18 meses fui vítima de um abuso sem limites", disse Heather à GMTV em uma longa entrevista, durante a qual chorou várias vezes. A GMTV afirmou que Heather havia pedido para ser entrevistada. "Eles me chamaram de prostituta, de caçadora de milionários, de maluca, mentirosa. Das coisas mais inacreditavelmente ofensivas." "Eu fiquei quieta por causa da minha filha. Recebemos ameaças de morte. Eu estive perto de me suicidar. Eu ouvi ameaças piores do que as que receberiam um pedófilo ou um assassino. E, durante 20 anos, trabalhei apenas com serviços de caridade", afirmou Heather, de 39 anos. A ex-mulher de Paul McCartney, que tem uma filha chamada Beatrice McCartney, negou ter recebido uma proposta vultosa para selar um acordo na atual batalha travada com o ex-Beatle em meio a um processo de divórcio. "Eu não recebi oferta nenhuma, ok?", afirmou quando questionada sobre o caso. "Essas cifras foram inventadas: 100 milhões (de libras), 50 milhões, 20 milhões. Como vocês sabem se eu quero algum dinheiro? Já tenho uma dívida de 1,5 milhão por causa dos honorários advocatícios." Ex-modelo e ex-ativista de causas humanitárias, Heather também criticou as especulações sobre não ter vindo a público porque pretenderia vender a história do casamento dela com McCartney. "Isso é uma bobagem! Eu poderia vender minha história agora mesmo! Estou tentando proteger Paul e a nossa filha." Comparação com Diana Heather  comparou sua situação com a de Kate McCann, a mãe da menina Madeleine, cujo desaparecimento em Portugal levantou suspeitas sobre os McCann, e com a da princesa Diana, que morreu em um acidente de carro quando era perseguida por paparazzi. "É isso o que esta nação está fazendo, comprando esses jornais", afirmou ela à GMTV. "Todas as vezes que alguém compra um jornal desses, contribui para isso. Então precisamos de mudanças para promover um jornalismo responsável." Ela acrescentou que a "campanha de ódio" realizada por alguns tablóides colocou a vida dela e a da filha em risco. "Foi por isso que pensei em me matar. Porque, na minha cabeça, se estivesse morta, minha filha estaria segura e poderia ficar com o pai." Ela pediu aos telespectadores que acessassem o site www.youcare.com, que defende um boicote ao The Scum (a escória) ou ao The so-called Sun (ao assim chamado Sun, Sol). "A enxurrada de abusos constituiu uma violação dos direitos humanos e chamou atenção para a necessidade de aumentar, no sistema judicial da Grã-Bretanha, a proteção dos indivíduos quanto a sua privacidade", afirma o site.

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