Só 20% dos empregados no mundo 'vestem a camisa', diz estudo

Brasileiros ficam em segundo lugar em ranking de funcionários com o desejo de fazer mais do que o exigido

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Por Scott Malone e da Reuters
Atualização:

Apenas um em cada cinco empregados de grandes empresas do mundo se envolve com o trabalho, e os altos executivos podem ser os responsáveis pelo cenário, afirmou um estudo divulgado nesta segunda-feira, 22, por uma instituição de consultoria sobre recursos humanos. Uma pesquisa com 90 mil funcionários de 18 países feita pela Towers Perrin descobriu que somente 21% deles se dedicam realmente ao trabalho, enquanto 38% se sentem decepcionados ou dispersos. O estudo definiu "engajamento" como o desejo de fazer mais do que o exigido para ajudar seus empregadores a ter sucesso e mediu esse fator por meio de perguntas a respeito de como os funcionários se sentiam em relação ao trabalho e por meio de avaliações sobre o comportamento deles. Os mexicanos mostraram ser os mais engajados, seguidos pelos brasileiros e pelos indianos. Os norte-americanos ficaram em quarto lugar. Os menos engajados foram os japoneses, seguidos pelos moradores de Hong Kong e da Coréia do Sul. O estudo descobriu que o envolvimento dos funcionários se alimenta principalmente do comportamento dos altos executivos - e não do tipo formação do empregado ou do comportamento dos chefes imediatos. "A empresa em si é um importante fator para o engajamento do funcionário", afirmou em um comunicado Julie Gebauer, da Towers Perrin. "A opinião das pessoas sobre a empresa também se pauta mais pelo que os principais dirigentes dizem ou fazem do que pelo que fazem ou dizem os chefes imediatos." Ao cruzar o resultado da pesquisa com o desempenho financeiro de 40 empresas cujos funcionários foram entrevistados, o instituto descobriu que as empresas com funcionários mais engajados haviam se saído melhor financeiramente do que as com empregados menos engajados. Apesar das altas taxas de falta de engajamento, muitos afirmam estar contentes com sua situação empregatícia. Segundo a pesquisa, 84% disseram gostar ou adorar o trabalho e 84% disseram apreciar atividades que implicam desafio. O estudo foi feito entre maio e junho.

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