Sepultura faz retrospecto da carreira em novo álbum

'Kairos' é terceiro de uma sequência de disco conceituais; a ideia é contar história do grupo

PUBLICIDADE

Por Felipe Branco Cruz - Jornal da Tarde
Atualização:

Com 26 anos de estrada, a banda Sepultura pode se dar ao luxo de fazer uma sequência de discos conceituais. "Kairos", o 12º álbum de estúdio do grupo, que será lançado no dia 24, é o terceiro deles. A palavra vem da mitologia grega e remete ao conceito de tempo não cronológico. A ideia, segundo a banda, é contar a história do grupo, enfatizando o presente. Até a ordem das canções é disposta desta forma, separadas pelos anos 2011, 1433, 5772 e 4648. "Todos esses anos são referentes a 2011, nas culturas islâmica, judaica e chinesa", explica o baixista Paulo Xisto.Na terça-feira, um dia após "Kairos" vazar na internet, a banda reuniu a imprensa num pub da Rua Augusta para a apresentação oficial do disco. "Contamos a história da banda por meio dessas músicas", diz Xisto. Este lançamento fecha uma trilogia de álbuns temáticos. O primeiro foi "Dante XXI", inspirado na obra "A Divina Comédia", do escritor italiano Dante Alighieri (1265-1321). O seguinte, "A-Lex", lançado em 2009, teve como base o livro "Laranja Mecânica", de Anthony Burgess (1917-1993). "O que fazer em seguida? Que história contar? Decidimos que era a hora de falar sobre nós próprios."A gravação de "Kairos" também inovou ao ser transmitida ao vivo pela internet, enquanto os integrantes estavam no estúdio da Trama, em São Paulo. "Os fãs puderam se conectar com a banda e entender o que estava se passando", diz o vocalista Derrick Green. "Algumas letras os fãs não sabiam do que se tratavam. Conversamos com eles pelos chats e ouvimos suas opiniões", conta.O álbum começa com "Spectrum". Nela, a banda canta um pouco de sua história, em inglês. Traduzido para o português, seria: "Com esse olhar, nós chocamos o mundo". Àqueles que vêm criticando de forma anônima a banda, pela internet, dizendo que ela não é mais a mesma, o grupo manda o recado em Mask: "Morra atrás de sua máscara. Esconda, morra, esconda. Tire essa máscara", cantada em inglês."Kairos", segunda faixa do álbum homônimo, é uma das mais pesadas. Nela, há um virtuoso solo de Kisser. Aliás, o disco parece ter sido feito para destacar sua guitarra e o baixo de Xisto. Ao todo, são 14 faixas, das quais duas - "Firestarter" e "Point of No Return" - entram como bônus para o público brasileiro. O álbum teve a produção de Roy Z (Judas Priest, Rob Halford, Bruce Dickinson e Helloween). As informações são do Jornal da Tarde.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.