O Teatro Bolshoi, em Moscou, talvez não possa ser reaberto em 2008, conforme o previsto, porque sua renovação vem enfrentando problemas e despesas inesperadas, disse nesta terça-feira, 31, a agência estatal que está financiando a reforma. Em julho de 2005 o Bolshoi, que abriga uma das maiores companhias de ópera e balé do mundo, foi fechado para restauração, estando sua fachada, suas paredes e colunas marcadas por décadas de descaso. Natalia Uvarova, porta-voz da Agência Federal de Cultura e Cinematografia da Rússia, disse à Reuters que pode haver uma mudança na data de conclusão da reconstrução do teatro. Ela disse que a expectativa é que os responsáveis pela obra fixem uma data mais precisa para sua conclusão até o final de agosto. "Depois de iniciada a reconstrução do Bolshoi, descobriu-se que eram necessários trabalhos subterrâneos e que alguns lugares estavam danificados por fungos, o que tornou necessárias despesas adicionais", disse ela. No fim de semana a imprensa russa citou o diretor geral do Bolshoi, Anatoly Iksanov, como tendo dito que o fim da restauração foi adiado em pelo menos um ano. No início do mês ele tinha dito que esperava que o teatro pudesse ser reaberto entre setembro e novembro de 2008. Uvarova não confirmou a nova estimativa, de 2009, dizendo que os trabalhos de inspeção precisam ser concluídos para que se possa mudar o prazo final da obra. Fundado em 1776 por um decreto da imperatriz Catarina, a Grande, o Bolshoi adquiriu o prédio em 1825, depois de seu "lar" original, o Teatro Petrovka, ter sido destruído num incêndio em 1805. O Estado reservou US$ 585 milhões para a restauração do teatro. Czares russos e líderes soviéticos adoravam visitar o Bolshoi e levar convidados estrangeiros importantes ao teatro. Em 1944 o líder soviético Josef Stalin levou o primeiro-ministro britânico Winston Churchill ao Bolshoi. Em 2002, uma bomba não detonada da 2.ª Guerra Mundial foi encontrada debaixo de uma das entradas do teatro.