'Quino', criador de 'Mafalda', ganha Prêmio Astúrias de Comunicação

Cartunista argentino foi anunciado nesta quarta-feira vencedor do importante galardão espanhol

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Por Redação
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O renomado cartunista Joaquín Salvador Lavado, mais conhecido como Quino, criador da personagem Mafalda, foi escolhido como ganhador do Prêmio Príncipe das Astúrias de Comunicação e Humanidades, segundo divulgou o júri em Oviedo, capital da província espanhola das Astúrias. Nascido na Argentina, Quino obteve fama internacional como autor das tiras protaganizadas por Mafalda, uma menina que descobre a complexidade do mundo a partir do olhar infantil e que este ano completa 50 anos de existência. "As lúcidas mensagens de Quino continuam atuais por ter combinado com sabedoria a simplicidade no traço do desenho com a profundidade de seu pensamento", disse a ata do júri.

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"A obra de Quino trás consigo um enorme valor educativo e foi traduzida para muitos idiomas, o que revela sua dimensão universal. Suas personagens transcendem qualquer limite geográfico, de idade e condição social."

Filho de pais andaluzes que migraram para a Argentina, Quino descobriu sua vocação graças a seu tio Joaquín Tejón, pintor e ilustrador gráfico, e começou os estudos em Belas Artes aos 13 anos, logo abandonando-os para se dedicar às histórias em quadrinhos de humor.

Mafalda estreou em Buenos Aires na publicação semanal

Primera Plana

em 29 de setembro de 1964 e seis anos depois a irônica menina chegaria à Europa pelas mãos de Umberto Eco, outro ganhador do Prêmio Príncipe das Astúrias.

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Apesar de seu sucesso, Quino deixou de desenhar Mafalda em 1973, mas o interesse pelo humor inteligente, irônico e inconformado de suas historinhas continua grande até hoje.

Quino seguiu escrevendo e desenhando, mas seu humor se tornou mais ácido e voltado para um público mais adulto.

Joaquín Salvador Lavado é o terceiro nome anunciado entre os oito prêmios Príncipe das Asturias que vão ser entregues este ano. Os outros já anunciados foram o arquiteto norte-americano Frank Gehry e o historiador francês Joseph Pérez, que receberam os prêmios de Artes e Ciências, respectivamente.

Cada um dos vencedores da premiação, entregue pela primeira vez em 1981, vai receber 50 mil euros e uma escultura concebida por Joan Miró como símbolo do prêmio.

Os prêmios serão entregues no segundo semestre em uma cerimônia do teatro Campoamor, em Oviedo.

(Reportagem de Francisco Pazos)

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