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'Qualquer Gato Vira-Lata' chega aos cinemas em 2011

Por AE
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Há duas semanas, no último dia de filmagem de "Qualquer Gato Vira-Lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia do Que a Nossa", o "ator" mais "estrela" do filme era o cão Rei. Autêntico espécime da raça Rhodesian ridgeback, mesmo depois de os atores Malvino Salvador e Rita Guedes deixarem o set, Rei ainda tinha de filmar várias cenas. "Neste filme, o cachorro manda. Com os atores, já finalizei, mas ainda preciso rodar o plano, o contraplano do Rei. Afinal, este filme não tem gato no título à toa", brincou o diretor Tomas Portella, no intervalo para o almoço em um casarão de Santa Tereza, cenário da casa do biólogo Conrado (Malvino Salvador).A cena em questão era emblemática: Ângela (Rita Guedes), ex-namorada de Conrado, leva sem permissão Charles Darwin (o cachorro) embora. A cada cena, Darwin não sabe se "escolhe" o dono ou a ex-dona. Daí a teoria de Portella procede. Nesta comédia (quase) romântica, a "sabedoria animal" é crucial. "Qualquer Gato" é inspirado na peça homônima de Juca de Oliveira que levou 1 milhão de pessoas ao teatro entre 1998 e 2002.Estrelada exatamente por Rita Guedes, a peça foi inspirada nas observações do próprio dramaturgo sobre a vida de sua filha, "que não o ouvia e vivia tendo decepções amorosas", o texto faz uma brincadeira, com muito de verdade, sobre o papel da mulher na eterna "dança do acasalamento". "Apesar de a sociedade ter mudado muito, e da mulher agora ir à caça, o homem ainda é caçador. E é com esses erros e acertos que o filme brinca", contava o produtor Tubaldini Jr. enquanto assistia à cena de Ângela (Rita) levar Charles Darwin embora.Para Salvador, o filme atualiza a questão. "Desde que o Juca escreveu o texto, muita coisa mudou. A mulher ganhou ainda mais espaço na sociedade. E essa mudança cria um choque. Socialmente e biologicamente, isso é muito novo", completou o ator, que "perdeu" o cachorro para a ex, que está, na verdade, morrendo de ciúme de Tati (Cleo Pires), uma jovem estudante de Direito que, cansada de ser ignorada pelo namorado mimado, Marcelo (Dudu Azevedo), oferece-se como cobaia para as pesquisas do professor Conrado. "Ele tem uma tese muito polêmica sobre a harmonia entre as conquistas amorosas dos humanos e as leis da biologia. Ele mesmo é vítima disso. Em vez de ser o macho caçador, é tímido e a ex-namorada é quem vive mandando nele. Leva até o cachorro embora! E ele acaba se apaixonando por Tati! Acho que o homem também ainda está em busca seu papel", comenta Salvador. O filme tem estreia prevista para janeiro de 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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