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'Não me chamem de gay, sou homem', pede Stefano Gabbana

Estilista afirmou que termo foi inventado para rotular pessoas

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Por Redação
Atualização:

O estilista italiano Stefano Gabbana, da grife Dolce e Gabbana, afirmou que não quer ser identificado pela sua orientação sexual. "Não quero que me chamem de gay. Sou um homem", declarou em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera.

"Parece-me inacreditável que este termo ainda seja usado hoje em dia. Biologicamente sou um homem. A palavra gay foi inventada por aqueles que precisam etiquetar as pessoas e eu não quero que me identifiquem pela minha orientação sexual", disse o italiano de 55 anos.

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Foto com Stefano Gabbana (esquerda) e Domenico Dolce, em Milão Foto: AFP PHOTO / Alberto PIZZOLI

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Durante a entrevista, o estilista falou abertamente sobre questões de identidade de gênero e fez dura crítica às pessoas que chamam homossexuais de "gay". "Eu penso que, como uma pessoa famosa, posso ajudar a espalhar uma nova cultura, não mais baseada em direitos gays, mas em direitos humanos", declarou.

"Somos todos seres humanos antes de sermos gays, heterossexuais ou bissexuais", completou Gabbana, lembrando que percebeu ser homossexual aos 18 anos, quando ao sair para dançar com uma namorada em um fim de semana em Milão, se deu conta de que estava "olhando mais para os homens do que ela".

"Eu já sabia por um tempo, mas não tinha coragem de admitir. Apenas com terapia eu entendi que havia sinais claros desde a minha infância", contou. Na época, ele afirma querer "brincar sozinho", porque se "sentia diferente das outras crianças" e temia que, se estivessem juntas, elas perceberiam e contariam para sua mãe.

Esta não é a primeira vez que um dos nomes por trás da Dolce & Gabbana faz declarações polêmicas. Em 2015, Stefano e Domenico chocaram a comunidade LGBT ao declarar que não concordavam que casais homossexuais tivessem filhos por fertilização in vitro.

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Dolce chegou a chamar bebês nascidos por meio de inseminação artificial de "crianças sintéticas".

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