Morreu no sábado, 29, aos 82 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, a fotógrafa brasileira de origem belga Lily Sverner. Nascida na Antuérpia em 1934, ela chegou ao Rio de Janeiro aos sete anos, ainda durante a Segunda Guerra, fugindo do nazismo, e se fixou em São Paulo nos anos 1970, onde estudou fotografia na escola de Cláudio Kubrusly, Enfoco. Lily, que fez sua última exposição na galeria Fass, Para Ver Sem Pressa, encerrada em setembro, foi a fundadora da primeira editora especializada em livros de fotografia no Brasi.
Nos anos 1980 criou também uma galeria para a comercialização de fotos, o Gabinete de Imagem, mas desistiu do comércio e voltou a fotografar profissionalmente, publicando os próprios livros, entre eles Virtudes da Realidade, em 1985. Na última exposição, uma retrospectiva de fotos realizadas em suas viagens pelo mundo, ela também mostrou cenas registradas na cidade que escolheu para morar, Itatiba, onde criou um centro de meditação e realizou uma de suas melhores séries, dedicada aos idosos moradores de um casa de repouso local .