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Morre antropólogo francês Claude Lévi-Strauss

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Por Redação
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O antropólogo francês Claude Lévi-Strauss morreu aos 100 anos, informou nesta terça-feira a editora Plon. Segundo um porta-voz da editora francesa, o autor de "Tristes Trópicos" morreu no sábado. Claude Lévi-Strauss, que renovou o estudo dos fenômenos sociais e culturais, principalmente os relacionados aos mitos, faria 101 anos em 28 de novembro. Considerado o antropólogo mais marcante de seu tempo, ele entrou na Academia francesa em 1973 e recebeu o título de "imortal". "Ele era extraordinariamente acessível a toda a Academia", disse a historiadora Hélène Carrère d'Encausse, também membro da Academia, para a France Info. Apesar da complexidade de sua obra, Lévi-Strauss conseguiu levar a etnologia ao grande público através de "Tristes Trópicos", obra científica escrita em 1955. Esse estudo dos comportamentos sociais dos índios brasileiros, de forte conteúdo autobiográfico, só não levou o prestigiado prêmio Gongourt porque não era um romance. Nascido em 28 de novembro de 1908 em Bruxelas, Lévi-Strauss fez seus estudos secundários em Paris. Na Sorbonne, estudou geologia, direito, filosofia e letras, antes de enveredar pela etnologia depois de viver no Brasil. O acadêmico Jean d'Ormesson, que ocupava a cadeira vizinha do etnólogo na Academia, saudou "o maior sábio francês". "Era um homem de uma cultura muito grande, de uma grande benevolência. Ele sabia tudo. Ele tinha uma cultura literária absolutamente extraordinária e se tornou uma espécie de ícone internacional", acrescentou à i>Télé.

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