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Luiza Thomé: "Rosa Palmeirão é o meu melhor papel"

Por Agencia Estado
Atualização:

Na sinopse apresentada por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares sobre a novela Porto dos Milagres, a personagem Rosa Palmeirão aparece como uma das responsáveis pela grande virada da trama e, conseqüentemente, pela mudança de valores do vilão Félix Guerreiro, vivido por Antônio Fagundes. Depois de quase 100 capítulos exibidos, a atriz Luiza Thomé começa a aparecer com mais freqüência em cena e ganhar a devida importância na trama. Presa durante quase 20 anos por ter matado o estuprador de sua irmã caçula, Rosa só pensa em descobrir o que aconteceu com sua outra irmã, Arlete (Letícia Sabatella), que na mesma época teve um filho com o irmão de Félix, Bartolomeu (também interpretada por Fagundes). O que ela não sabe, mas já desconfia, é que sua irmã foi morta por Adma (Cássia Kiss) no mesmo dia em que procurou os direitos do filho. A criança, que na verdade cresceu e se transformou no honesto pescador Guma (Marcos Palmeira), embora tenha se salvado de morrer nas águas do mar, nem faz idéia de seu verdadeiro passado, que até o final da trama será revelado por Rosa. Enquanto Rosa não inicia seus planos de vingança, Luiza promete "botar horror" nas beatas e despertar o interesse nos homens de Porto dos Milagres, que se tornarão assíduos frequentadores do Centro de Lazer Noturno, no prédio do antigo hotel-cassino, até então, pertencente à família da esnobe Augusta Eugênia (Arlete Salles). Declarando-se "apaixonada" pela personagem, Luiza concedeu uma entrevista para a Agência Estado, onde conta, inclusive, que já sonha em dar um tempo na carreira para "encomendar mais um herdeiro". Agência Estado ?Como você classifica seu personagem? Luiza Thomé ? Acho que a Rosa Palmeirão é um dos papéis mais importantes da minha carreira. A Rosa está na segunda fase da vida dela. Na primeira, era uma moça dedicada à família e não mediu esforços para lavar a honra de suas irmãs, tanto que cometeu um assassinato. Mas em nenhum momento se arrependeu do que fez e sabia tudo o que ia passar. Se fosse necessário, mataria de novo pela mesma causa. Depois de 18 anos sofridos, retorna como uma mulher bem resolvida. A independência dela é seu ponto mais forte? A vida foi muito dura para ela durante os 18 anos que passou na prisão. Ela aprendeu muita coisa, inclusive a se defender. Tem sede de vingança, mas não é amargurada. Consegue ser dura, decidida e, ao mesmo tempo, justa e boa. Os homens a consideram uma heroína, mas mesmo temendo se aproximar, se sentem seduzidos por ela. No Centro de Lazer Noturno, Rosa não se prostitui, mas incentiva que outras mulheres façam isso... Pois é, ela é só a dona do bordel, mas nada a impedirá de ter um caso ou outro com quem ela quiser. Ela é uma mulher que gosta de dinheiro e quer poder, mas também pensa que a prostituição é um trabalho comum. Por isso, as meninas que trabalham na casa dela têm até carteira assinada. Analisando a primeira fase da novela, qual foi a personalidade de Rosa Palmeirão que você achou mais difícil interpretar? A primeira fase achei mais difícil. A Rosa Maria era mais jovem, mais pura e eu já tenho a experiência de 38 anos. Tinha a preocupação de não conseguir ser tão jovem. O que você acha que pode deixar uma atriz insegura durante as gravações de uma novela? Sem dúvida, gravar duas cenas hoje e outra somente depois de dez dias. Você tem que recapitular tudo, sempre. Chega no estúdio e todos estão aquecidos com a trama, envolvidos na história. A partir de agora, já estou gravando mais e o trabalho fica bem empolgante, com certeza. Você gostaria de participar de alguma novela de qual escritor? E já se imaginou fazendo papel de vilã? Adoraria trabalhar em uma novela de Benedito Ruy Barbosa. É algo que tenho muita vontade e pretendo um dia realizar. E ser uma vilã, por enquanto, só tive oportunidade para fazer no teatro. Fui a Lucrécia, da peça Lúcrecia, o Veneno dos Borges. Mas acho que tenho cara de boazinha (risos)... E quanto aos seus planos futuros? Teatro ou cinema estão nos seus projetos? Não, não dá pra conciliar tudo. Há seis anos não faço teatro. Novela, teatro, marido e filho não dá. Fica difícil conciliar tudo. Mas daqui uns seis meses, quando terminar Porto dos Milagres, gostaria muito de ter outro filho.

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