Leilões de arte latino-americana batem recordes de vendas de 31 artistas

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Por WALKER SIMON
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Negociações intensas com obras de arte latino-americana nesta semana estabeleceram recordes de venda em leilões para 31 artistas de três séculos, contemplando desde criadores no período colonial espanhol até artistas vivos como o colombiano Fernando Botero. Na segunda e terça-feiras, em Nova York, a casa de leilões Sotheby's vendeu 33,9 milhões de dólares em obras de arte, um recorde para trabalhos da região em um leilão, e a Christie's fez vendas de 24,3 milhões de dólares. "Nossa série de vendas de novembro tem sido uma celebração gloriosa da arte latino-americana", disse o responsável por arte latino-americana da Sotheby's, Alex Stein. "Vimos a comunidade internacional de colecionadores correr para obter trabalhos de gigantes da categoria como (Rufino) Tamayo, (Remedios) Varo, (Leonora) Carrington e Botero, assim como de artistas emergentes." "Hacia la Torre", obra de Varo de 1960, arrecadou 4,3 milhões de dólares, liderando a venda da Sotheby's e batendo um recorde para a artista. Logo atrás veio “Ofrenda de Frutas”, quadro de Tamayo de 1987 vendido por 4,2 milhões de dólares. Pintada nos últimos anos de vida dos falecidos artistas mexicanos, cada obra evoca temas da infância. Na Christie's, a escultura de bronze “Adão e Eva”, feita por Botero em 1990 e que retrata um homem e uma mulher nus e corpulentos, foi arrematada por 2,57 milhões de dólares, ultrapassando o recorde anterior do artista em um leilão – 2,03 milhões de dólares pelo quadro “Os Músicos”, informou a casa. Coberta por uma pátina marrom escura, a escultura tem quase 3,6 metros de altura. Outra versão da obra está no saguão do edifício Time Warner Center, em Nova York. O quadro “Mujeres con Flores”, do mexicano Alfredo Ramos Martínez, obteve 2,74 milhões de dólares na Christie's. Ele foi pintado aproximadamente em 1938, quando ele vivia em Los Angeles, e seus trabalhos foram colecionados por lendas de Hollywood como Alfred Hitchcock. Na Sotheby's, “The Temptation of Saint Anthony”, obra de Carrington de 1945, saiu por 2,63 milhões de dólares, um recorde para a surrealista mexicana nascida na Grã-Bretanha que viveu a maior parte de sua vida adulta na Cidade do México, onde morreu em 2011. Entre as peças da era colonial, a “Virgen de Guadalupe” de 1718 de Antonio de Torres foi vendida por 185 mil dólares, um recorde para o pintor do período colonial mexicano.

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