Karen Elson lança CD que mistura country e indie rock

Primeiro disco da mulher de Jack chama-se 'The Ghost Who Walks'

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Por AE
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Desde pequena, na escola, a inglesa Karen Elson se destacava entre as outras meninas pela pele alva e magreza exagerada, contrastando com um vibrante cabelo avermelhado. Ganhou dos colegas o incômodo apelido de The ghost who walks ("O fantasma que caminha", em português). Por mais que sua vida tenha mudado desde a época em que frequentava a escola - o que inclui uma bem-sucedida carreira de modelo e o casamento com o multi-instrumentista e produtor Jack White (do White Stripes, entre outras bandas e participações)-, Karen não conseguiu encontrar um nome melhor para o disco de estreia que lança agora, aos 32 anos.A concepção do The Ghost Who Walks, o álbum, é totalmente independente da participação de Jack White, pelo menos é o que garante Karen. "Eu me isolei dele. Não queria que ele ouvisse ou lesse enquanto ainda não estivesse pronto", diz ela, em entrevista por telefone, ao Jornal da Tarde. "Ele tem uma reputação enorme. Mas queria que fosse algo que ficasse só comigo. Fosse só meu. E ele entendeu, me ajudou, deu muito suporte". Com as músicas prontas, Karen começou a gravar o disco, num processo que levou oito meses. O estúdio usado era localizado no jardim da sua casa em Nashville, no Tennessee. O maridão, aí sim, entrou em ação, como produtor e baterista em quase todas as músicas - ele não toca em apenas três das 12 faixas. "Tudo isso só me fazia sentir ainda mais confortável", garante ela.

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A ideia de ter o seu próprio disco atormenta Karen - atormenta, mesmo - há dez anos. Ela tentava escrever algumas canções, mas nunca estava totalmente satisfeita. Nem o fato de pertencer à banda The Citizens Band, de Nova York, como vocalista e produtora, abastecia o seu desejo de estar em frente a um grupo, cantando suas músicas. O álbum de estreia de Karen é um híbrido, difícil de estabelecer dentro de algum gênero específico. Sua vivência como modelo - ela desfilou para grifes como Marc Jacobs, Chanel, Dolce & Gabbana, Dior e Gucci - as viagens pelo mundo, incluindo sua passagem pelo Brasil em 2005, quando se casou com Jack White, numa canoa, no encontro dos rios Rio Negro e Solimões, no Amazonas, passando pela mudança para Nashville, há seis anos, enfim, tudo isso acaba aparecendo, de uma forma ou de outra, na sua primeira obra.

São canções que vão do folk ao bluegrass, passando pelo indie rock e o country. "É engraçado você dizer isso (risos). Eu sinto isso da mesma maneira. Não sei como classificar a música. Ela simplesmente brotou de mim. Estou curiosa para saber como será o próximo disco, daqui a um ou dois anos. Sabe, finalmente sinto que encontrei o meu lugar". As informações são do

Jornal da Tarde.

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