Acaba de ser criado um grupo de estudos na Casa Guilherme de Almeida para aprofundar o conhecimento sobre as atividades do poeta na área teatral. Almeida, desde o primeiro dia do TBC, foi o responsável por várias traduções das montagens do grupo, como Entre Quatro Paredes (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, e Antígona, de Sófocles.
E tem mais. Bem antes, em 1915, ele e Oswald de Andrade escreveram duas peças teatrais em coautoria e – pode sentar para ler – em francês. São elas Mon Coeur Balance e Leur âme.
9X Monólogos
Sente que lá vem monólogo! De 28 de março a 21 de maio, a Mostra de Solos e Monólogos no CCBB, do centro de São Paulo, leva ao palco da entidade nove montagens de grupos de São Paulo, Rio e Minas Gerais. A primeira delas é Como Todos os Atos Humanos, que tem dramaturgia e atuação de Fani Feldman, direção de Rui Ricardo Diaz.
Em seguida estreia Homem-Bomba, da Companhia Teatro Adulto, de Belo Horizonte, e suas conterrâneas Coisas Boas Acontecem de Repente e Sapato Bicolor. O ator Alexandre Borges dirige uma versão de Muro de Arrimo, clássico de Carlos Queiroz Telles, com Fioravante Almeida.
Depois seguem A Hora e Vez, com Rui Ricardo Diaz, baseada em A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de João Guimarães Rosa, e Galo Índio, com Rodolfo Amorim, do Grupo XIX de Teatro – as duas montagens são dirigidas por Antônio Januzelli. E, por fim, Eugênia, encenação carioca com direção de Sidnei Cruz e interpretação de Gisela de Castro.Objeto do Desejo
A escritora francesa Anaïs Nin é o centro da montagem Anaïs Nin à Flor da Pele, cujo texto foi fundamentado a partir de seus diários íntimos, escritos entre 1931 e 1937. Com direção de Aline Borsari, atriz do Théâtre du Soleil, a peça tem no elenco Flavia Couto e entra em cartaz na mostra Poéticas da Resistência, a partir de 13 de abril no Centro Compartilhado de Criação, na Barra Funda. A mesma mostra traz hoje e amanhã a montagem de Hamlet-Ex-Máquina, em que se fundem o texto do dramaturgo alemão Heiner Müller e Hamlet, do bom e velho Will. Seis em Um
Retrato da dramaturgia paulistana, está saindo do forno o terceiro livro com peças reunidas do diretor e ator Dionisio Neto. Opus Profundum – Peças Reunidas 2 será lançado no mês que vem pela Editora Benfazeja e traz seis peças de Dionisio, escritas nos últimos anos: Opus Profundum, O Dia Mais Feliz da Sua Vida, Camaleões-dourados-do-paraíso, Mark Chapman, Nelson Rodrigues, Meu Amor, Meu Amor, Meu Amor! e a inédita Oppenheimer Blue.
Celso Frateschi, ator e diretor, gostaria de ser maquinista
O que é ser ator?
É se esconder para revelar o outro.
Por que teatro?
É o lugar em que me divirto e onde as verdades são reveladas por mentiras.
Frase arrebatadora?
"Ah, se eu pudesse recomeçar a vida... que eternidade! Faria de cada minuto um século e não desperdiçaria um segundo sequer", do diálogo adaptado da peça Sonho de Um Homem Ridículo.