Felicity Huffman é condenada a 14 dias de prisão por fraude universitária

Atriz de 'Desesperate Housewives' terá de pagar 30 mil dólares e prestar 250 horas de trabalho comunitário por falsificar o exame de admissão de sua filha

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Por Agências
Atualização:
A atriz Felicity Huffman, escoltada por seu marido William H. Macy, sai do tribunal em Boston, nos Estados Unidos, onde foi sentenciada por sua participação no escândalo de admissões em universidades. Foto: Photo by Joseph Prezioso / AFP

A atriz norte-americana Felicity Huffman foi sentenciada nesta sexta-feira, 13, por uma juíza de Boston a 14 dias de prisão depois de declarar-se culpada de pagar 15 mil dólares para falsificar o exame de admissão universitário de sua filha mais nova.

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A sentença neste grande escândalo de subornos para garantir o acesso a prestigiosas universidades dos Estados Unidos não é tão rigorosa como a que desejada a acusação, que pedia um mês de prisão sob o argumento de que não se deve permitir a pais ricos corromper o sistema.

Os advogados da atriz da famosa série de TV  Desesperate Housewives propunham, por outro lado, que ela fosse sentenciada a um ano de liberdade condicional, trabalhos comunitários e uma multa de 20 mil dólares. No entanto, a juíza Indira Talwani, responsável  pelo caso, optou por uma estadia mais breve atrás das grades, uma multa de 30 mil dólares e 250 horas de trabalho comunitário, e disse que isso permitiria à atriz "reconstruir a sua vida". "Depois disso, terá pago a sua dívida", declarou a juíza, de acordo com jornalistas presentes na sala.

A atriz de 56 anos foi a primeira de mais de trinta pais acusados a ser sentenciada. Em maio, havia se declarado culpada de pagar 15 mil dólares ao responsável de uma empresa especializada em exames de ingressos universitários para que o resultado de sua filha fosse melhorado.

Um total de 50 pessoas foram sentenciadas no escândalo, entre elas 33 pais endinheirados, "um catálogo de riqueza e privilégio", administradores de exames de admissão universitária e treinadores esportivos, segundo o procurador de Massachusetts Andrew Lelling.

A outra celebridade implicada no escândalo é a atriz Lori Loughlin, da série Full House (Três é Demais), que junto com o seu marido se declarou inocente e está à espera de um julgamento.

O chefe do esquema, William Rick Singer, que havia recebido cerca de 25 milhões de dólares em propinas, se declarou culpado e cooperou com as autoridades, inclusive gravando em segredo seus clientes, entre eles Huffman.

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De acordo com a promotoria de Massachusetts, Singer chegou a cobrar até 6,5 milhões de dólares para garantir a admissão, por meio de trapaça nos exames ou subornos a treinadores para recrutar estudantes sem habilidades esportivas.

Nenhuma aluno e nenhuma universidade foram acusados no âmbito desse escândalo que envolve as prestigiosas universidades de Yale, Stanford, Georgetown, Wake Forest, a Universidade do Sul da Califórnia (USC), a Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e a Universidade do Texas em Austin.

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