PUBLICIDADE

Diana suspeitava de grampo de Al Fayed no iate, diz irmã

Por PAUL MAJENDIE
Atualização:

A princesa Diana achou que Mohamed al Fayed a espionava em seu derradeiro passeio no iate dele, disse a irmã dela na segunda-feira no inquérito que apura as causas da morte de Diana. Diana e Dodi al Fayed, filho de Mohamed, morreram num acidente automobilístico num túnel de Paris em agosto de 1997, quando eram perseguidos por paparazzi ansiosos para conseguir clicar a mulher mais fotografada do mundo. Dias apenas antes de morrer, Diana telefonou a sua irmã, Sarah, do iate Jonikal, no qual passava férias no Mediterrâneo. Indagada pelo advogado Ian Burnett se Diana falara da possibilidade de ser grampeada, Sarah McCorquodale respondeu: "Ela achava que o iate estava sendo grampeado por Al Fayed, pai". Mohamed al Fayed alega que Dodi e Diana foram mortos pelos serviços de segurança britânicos sob ordens do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth. Ele acredita que a razão seria que a família real não queria que a mãe do futuro rei tivesse um filho de Dodi. Al Fayed alega ainda que o corpo de Diana foi embalsamado para encobrir os indícios de que ela estaria grávida. Mas McCorquodale disse ter tido a impressão de que o romance veranil de Diana com Dodi estava chegando ao fim. "Acho que o relacionamento não iria durar muito mais", disse ela ao tribunal, acrescentando que não foi mencionada a possibilidade de Diana estar grávida ou de um possível noivado com Dodi. Em vez disso, ela achou que sua irmã poderia ter se casado com o cirurgião cardíaco Hasnat Khan. "Acho que ela não acreditava que a relação com ele (Khan) tivesse terminado, ou que esperava que não tivesse terminado", disse McCorquodale. Após a morte de Diana, McCorquodale e sua mãe, Frances Shand Kydd, passaram vários dias destruindo papéis confidenciais na residência de Diana, no Palácio de Kensington, em Londres. "Nada de histórico foi destruído", disse McCorquodale, que afirmou nunca ter visto cartas do príncipe Philip a Diana. Ela disse que concordou com sua mãe em destruir qualquer coisa que pudesse futuramente causar sofrimento aos filhos de Diana, os príncipes William e Harry.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.