Cor da pele ainda é barreira em Hollywood, diz Halle Berry

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Por Redação
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A atriz Halle Berry pode ter recebido um Oscar, mas diz que se sente frustrada por ainda ser obrigada a convencer os estúdios de sua capacidade como atriz, pelo fato de ser negra. "Não importa que eu tenha um Oscar, um Emmy, um Globo de Ouro e um Urso de Prata", disse Berry, grávida de seu primeiro filho, em entrevista em um hotel em Manhattan para promover seu novo filme, Coisas que Perdemos pelo Caminho. "Eu não deveria ser obrigada a me esforçar tanto para ser reconhecida. Eu deveria poder parar de convencer os estúdios de que sou a pessoa certa para o papel - isso deveria ser aceito, com base em meu mérito como atriz", disse ela. Halle Berry foi a primeira mulher negra a receber um Oscar de melhor atriz, em 2002, por A Última Ceia. Em seu trabalho mais recente, ela faz o papel de uma viúva que convida um amigo de seu marido para viver com ela e seus dois filhos. Ela o ajuda a superar a dependência de heroína, enquanto o amigo, representado por Benicio Del Toro, a ajuda a refazer-se da morte de seu marido. Berry disse que a primeira pergunta que fez à diretora do filme, a dinamarquesa Susanne Bier, foi: "Você se incomoda com o fato de eu ser negra? Porque isto não foi escrito para uma negra. Acho que isso pode ser um problema aqui". Ela disse que Bier respondeu: "Ao inferno com sua cor - isso não interessa". Mas Bier foi uma exceção. De acordo com Halle Berry, no mundo do cinema "a cor da pele é sempre uma questão levada em conta - se bem que isso esteja mudando pouco a pouco". O novo longa estréia nos cinemas norte-americanos em 19 de outubro.  

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