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Casa Anne Frank recebe empréstimo de arquivo de família

Primo da menina morta na 2.ª Guerra Mundial doa a museu documentos e fotos

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Por Redação
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O único primo vivo de Anne Frank cedeu na segunda-feira, 26, à Casa Anne Frank, em Amsterdã, uma grande coleção de cartas, fotos e recortes de jornais que podem fornecer novos detalhes sobre a vida da garota judia morta na 2.ª Guerra Mundial. Para marcar a passagem do 60.º aniversário da publicação do Diário de Anne Frank, seu primo de 82 anos, Buddy Elias, entregou oficialmente 1.500 documentos e 3.750 fotos, que foram digitalizadas e serão postos à disposição de pesquisadores. O diário, que faz a crônica dos dois anos que a garota judia passou escondida na Holanda quando o país esteve sob ocupação nazista, foi publicado em 1947 por seu pai, Otto. O livro já vendeu mais de 30 milhões de cópias e foi traduzido para mais de 60 idiomas. A coleção inclui um caderno pertencente a Otto Frank em que ele registrou suas reflexões quando a Holanda foi libertada da ocupação alemã, além de um livro de estudos que pode ter inspirado Anne Frank a escrever contos. Também fazem parte da coleção os cadernos usados por Anne e sua irmã Margot para estudar, cartas enviadas por elas e artigos de jornais sobre Anne guardados por Otto Frank. Anne e sua família foram descobertas em agosto de 1944 escondidas no anexo secreto de um armazém às margens de um canal e foram enviados para campos de concentração. Anne, que tinha 15 anos na época, e sua irmã Margot, morreram de tifo no campo de Bergen-Belsen em 1945, semanas antes de o campo ser libertado. "É muito especial o fato de a família ter guardado tantos documentos," disse Teresien da Silva, da Fundação Anne Frank. A fundação, que também dirige o Museu Anne Frank, em Amsterdã, espera que mais documentos ainda venham a aparecer. "Está faltando um ano inteiro do diário de Anne Frank", disse Da Silva.

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