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Brasil participa de festival de filmes com celular em Paris

Cineastas experimentam a produção de curtas para a telinha dos telefones

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Por Redação
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Os brasileiros Igor Amin e Rodrigo Pazzini estão entre os representantes de 30 países que participam do Festival Pocket Films (Filmes de Bolso, em tradução livre), realizado em Paris. Cerca de 200 ficções ou "documentários" filmados com telefones celulares são apresentados no Centro Georges Pompidou. Amin e Pazzini trouxeram ao evento Dentista, uma comédia de três minutos filmada com um telefone colocado sobre uma cadeira de uma sala de espera. Giselle Beiguelman, outra participante do Brasil, mostra em um filme de um minuto e meio paisagens de São Paulo, com trilha sonora de música techno. O Arte.mov, de Belo Horizonte, e o Festival de Curtas Metragens, de São Paulo, também apresentam suas seleções no Centro Georges Pompidou. O festival, aberto na sexta-feira, está em sua terceira edição, mas pela primeira vez dá um panorama internacional da produção realizada com telefones celulares. Alguns filmes têm o estilo de documentário, como Holiday (Férias), realizado por adolescentes alemães de férias no Líbano e que mostra a visão que os autores têm da guerra. Quarta tela "O Pocket Films é o maior evento desse tipo no mundo", afirma Benôit Labourdette, coordenador do evento. Até mesmo países africanos, normalmente ausentes dos festivais de cinema, participam desse evento parisiense, que vai até este domingo. Alguns já chamam o celular de "quarta tela", depois do cinema, da televisão e do computador. Os filmes realizados com celulares apresentados no festival de Paris duram em média entre um e três minutos. Além da apresentação de filmes, o evento mostra ainda uma série de curtas e organiza debates sobre como esse tipo de filmagem pode influenciar o universo das artes e a mídia. Profissionais do mundo todo também participam das discussões e de ateliês de workshop sobre filmagens com telefones celulares.

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