Assalto a Kim Kardashian tem repercussão política na França

Ataque à mão armada aconteceu quando um grupo de assaltantes vestidos de policiais invadiu o prédio e roubou dinheiro e jóias, a maioria fornecidas por marcas de luxo para sua participação na Paris Fashion Week

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Por Andrei Netto
Atualização:

PARIS - A socialite americana Kim Kardashian, 35 anos, sofreu um assalto milionário em um quarto de uma mansão em Paris na madrugada de domingo, 2, para segunda-feira, 3. O ataque à mão armada aconteceu quando um grupo de assaltantes vestidos de policiais invadiu o prédio e roubou dinheiro e jóias, a maioria fornecidas por marcas de luxo para sua participação na Paris Fashion Week. Um primeiro balanço indica que o prejuízo da ordem de € 9 milhões. A socialite deixou a França pela manhã em jatinho particular, acompanhada do marido, Kanye West.

A informação sobre o assalto foi divulgada pela manhã, quando a socialite já havia tomado o avião de volta aos Estados Unidos. Segundo a polícia, o assalto aconteceu em uma mansão na qual ela estava hospedada, situada no bairro de Madeleine, no centro de Paris. Kim estava na cidade para participar do semana de moda. Pela investigação preliminar aberta pelo Ministério Público e pela Brigada de Repressão à Criminalidade, a residência foi invadida por cinco homens vestidos de policiais, mas mascarados, que segundo o testemunho da socialite falavam inglês com sotaque do leste europeu. Durante o assalto, Kim teve uma arma apontada para sua cabeça. 

Carro da polícia em frente ao edifício onde Kim Kardashian estava hospedada e foi vítima de um roubo, em Paris, na manhã desta segunda-feira, 3 Foto: EFE/Ian Langsdon

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As primeiras estimativas indicam que o roubo pode bater na casa dos € 10 milhões, a maior parte em jóias que haviam sido cedidas à estrela para a semana de moda. Um dos anéis que desapareceram é estimado em cerca de € 4 milhões, enquanto uma caixa de jóias também roubada valeria € 5 milhões.

Em razão do ataque, Kanye West interrompeu um concerto que realizava nos Estados Unidos para pegar o avião e juntar-se a sua mulher em Paris. 

Desde as primeiras horas da manhã, o assalto suscitou uma controvérsia política. A menos de sete meses das eleições presidenciais, políticos de oposição acusaram os governos do Partido Socialista em Paris e na França de serem negligentes em segurança pública. "Todos os canais do mundo provavelmente, ou pelo menos nos Estados Unidos estão transmitindo o tempo todo a informação", lamentou Nathalie Kousciusko-Morizet, pré-candidata à presidência pelo Partido Republicano, acusando as autoridades municipais e nacionais de passividade. "Há uma urgência de segurança em Paris."

Anne Hidalgo, prefeita da capital, respondeu por meio de comunicado lamentando os acontecimentos. "Tenho toda a confiança nas forças de polícia para identificar e prender rapidamente os autores dos fatos », afirmou a prefeita. "Quero ressaltar que Kim Kardashian será sempre bem-vinda a Paris." 

Desde os atentados de 7, 8 e 9 de janeiro de 2015, seguidos dos ataques de 13 de novembro, também em Paris, e do atentado de 14 de julho, em Nice, o turismo sofre com uma perda de cerca de 10% do fluxo normal. Empresas do setor reivindicam ao governo um plano de suporte para tentar retomar a atratividade da capital francesa.

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