APCA elege os melhores do ano

Cerca de 50 críticos em atuação em jornais e revistas de São Paulo escolheram os ganhadores do do Prêmio APCA 2001, concedendo 70 troféus, aos melhores em dez categorias artísticas

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Por Agencia Estado
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Cerca de 50 críticos em atuação em jornais e revistas de São Paulo reuniram-ne ontem, na sede do Sindicato dos Jornalistas para escolher os melhores do ano 2001 do Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes). Foram concedidos 70 troféus, aos melhores em dez categorias artísticas. A Rádio Eldorado AM ganhou o prêmio de melhor emissora de radiojornalismo de 2001 e o jornalista do Estado, Luiz Ruffato, ficou com o de melhor romance, por Eles Eram Muitos Cavalos, da editora Boitempo. A festa de entrega dos prêmios - um troféu especialmente criado pelo artista plástico Francisco Brennand - está marcada para o dia 26 de março no Teatro Municipal de São Paulo. Mas a APCA, uma entidade sem fins lucrativos, ainda está sem patrocínio para realizar a cerimônia de premiação, o que coloca em risco uma festa tradicional de 30 anos. Vamos batalhar até o último minuto para não tirar o brilho dessa festa, que, mais do que dos críticos, é dos artistas, diz o jornalista do jornal O Estado de S. Paulo Luiz Carlos Merten, presidente da entidade. Abaixo a lista completa dos melhores de 2001: Televisão - O cantor Supla leva o prêmio de revelação do ano, por sua partipação em Casa dos Artistas, do SBT. O Grande Prêmio da Crítica vai para Brava Gente, do núcleo de Guel Arraes, na Globo. O melhor programa é Os Normais, também da Globo. A APCA também concede um troféu à TV Senado, na categoria utilidade pública. Melhor apresentador: Silvio Santos. Melhor ator: Tony Ramos (As Filhas da Mãe). Melhor atriz: Christiane Torloni (Um Anjo Caiu do Céu). Rádio - Eldorado AM ganha na categoria jornalismo. A Eldorado também leva mais dois troféus da APCA, para os programas De Olho no Mundo (com a BBC de Londres), na categoria destaque, e De Palavra em Palavra, a cargo do jornalista Eduardo Martins na categoria cultura. Bandeirantes AM, ganha na categoria esportes. Nova Brasil FM, na categoria música. Miguel Dias (Globo AM) ganha como o melhor âncora do rádio paulista. Marilu Cabañas ganha na categoria variedades, pelas reportagens na Cultura AM. Cinema - O filme Bicho de Sete Cabeças foi o grande vencedor da área. Leva quatro troféus: melhor filme, melhor direção (Laís Bodansky), melhor ator (Rodrigo Santoro) e melhor roteiro (Luiz Bolognesi). A melhor atriz do ano é Juliana Carneiro da Cunha, por Lavoura Arcaica. Melhor fotografia: Kátia Coelho (Tônica Dominante). Melhor documentário: Babilônia 2000, de Eduardo Coutinho. Teatro - A peça Major Bárbara, de Bernard Shaw, encenada pelo Grupo Tapa, leva três troféus: melhor espetáculo do ano, melhor direção (Eduardo Tolentino de Araújo) e melhor ator (Zecarlos Machado). O prêmio de autor fica com Leilah Assumpção, por Intimidade Indecente. Regina Braga é a melhor atriz, por Um Porto para Elizabeth Bishop. O cenógrafo do ano é Márcio Medina, em dose dupla: por Um Trem Chamado Desejo e Fim de Jogo. O júri concedeu um prêmio especial para o pesquisador João Roberto Faria, pelo livro Idéias Teatrais: O Século 19 no Brasil. Teatro infantil - Mais uma vez, o júri de teatro infantil optou por premiar os sete melhores espetáculos do ano, em vez de dividir os prêmios nas tradicionais categorias de autor, diretor, ator, atriz, etc. Assim, serão premiados: Chapeuzinho Vermelho , do grupo Le Plat Du Jour (grande prêmio da crítica); A Mão, da cia. Imago (melhor espetáculo para crianças); Suburbia, direção de Chiquinho Medeiros (melhor espetáculo para jovens); Quase de Verdade, de Ulisses Cohn (melhor espetáculo adaptado); Os Saltimbancos, direção de Gabriel Villela (melhor musical do ano); O Vôo 2, de Eduardo Amos e Claudio Saltini (melhor espetáculo de bonecos) e À La Carte, do grupo La Minima (melhor espetáculo com técnica circense). Música popular - Melhor disco: Condom Black, de Otto. Grupo: Trio Mocotó (Samba Rock). Revelação: Cordel do Fogo Encantado. Cantor: Seu Jorge (Samba Esporte Fino). Cantora: Cássia Eller (Acústico MTV). Compositor: Lula Queiroga (Aboiando a Vaca Mecânica). Prêmio especial para o maestro e compositor Moacir Santos, por Ouro Negro. Música erudita - Grande Prêmio da Crítica: Nilson Lombardi. Regente: Lígia Amadio. Instrumental: Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Composição: Gilberto Mendes. Conjunto de carreira: Edino Krieger. Canto: Marília Siegl. Recitalista: João Carlos Martins. Dança ? Espetáculo: Joaquim Maria, de Márcia Milhazes. Criação-intérprete: Ruth Rachou/Helena Bastos, por Cães, e Tica Lemos, por As 10 +. Pesquisa de linguagem: Cia. 8 Nova Dança, por Modos de Ver. Curadoria/coordenação: Projeto Segundas-Rosa-Feiras, de Lenira Rangel. Ação de fomento à dança: Divisão de Artes Cênicas do Centro Cultural São Paulo. Artes Visuais - Grande Prêmio da Crítica: Tomie Ohtake. Arte-comunicação: Enciclopédia de Artes Visuais (www.itaucultural.com.br). Fotografia: Arthur Omar (CCBB e Galeria Nara Roesler). Exposição: Amílcar de Castro, na Pinacoteca do Estado. Instituição cultural: Centro Cultural Banco do Brasil. Tridimensional: Nicolas Vlavianos, no Museu de Arte Brasileira da Faap. Retrospectiva: Tikashi Fukushima, na Pinacoteca. Literatura - Melhor romance: Eles Eram Muitos Cavalos, de Luiz Ruffato (Boitempo). Melhor poesia: Poeira, de Fernando Paixão (34). Revelação: Paulo Rodrigues, por À Margem da Linha (Cosac & Naif). Contos: O Filho do Crucificado, de Nelson de Oliveira (Ateliê Editorial). Tradução: Paulo Schiller, por O Legado Eszter, do húngaro Sándor Márai. Projeto especial: edição especial de Literatura Marginal da revista Caros Amigos/Casa Amarela - 1 da Sul. Melhor projeto editorial: Coleção Letras Italianas (Berlendis & Vertecchia).

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