APCA elege os melhores de 2002

O filme O Invasor, a peça Os Solitários, a cantora Maria Rita e a reedição da obra de Hilda Hilst estão entre os destaques do ano. Os premiados nas nove categorias receberão o troféu criado por Francisco Brennand em março, no CCBB

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Quase 60 críticos de arte, de todos os jornais e revistas com sede em São Paulo, reuniram-se na noite de segunda-feira, no Sindicato dos Jornalistas, para escolher os melhores do ano 2002 da Associação Paulista dos Críticos de Artes, a APCA. A festa de entrega dos troféus, criados por Francisco Brennand especialmente para a entidade, será realizada no dia 24 de março de 2003, no Centro Cultural Banco do Brasil. Foram escolhidos os melhores de 2002 nas categorias artes visuais, cinema, dança, televisão, teatro, teatro infantil, música popular, rádio e literatura. O regulamento da APCA prevê que no mínimo três críticos de cada área devem estar presentes, por isso não houve votação na categoria de música erudita, pois faltou completar esse quórum mínimo. A seguir, a lista completa dos vencedores. Sebastião Moreira/AEIanelli, a melhor retrospectiva Artes Visuais: O Grande Prêmio da Crítica vai para Abraham Palatnik. A melhor retrospectiva foi a de Arcângelo Ianelli, na Pinacoteca do Estado. O júri escolheu também premiar na categoria Instituição Cultural o Centro Universitário Maria Antônia, dirigido por Lorenzo Mami. O troféu pelo Projeto de Pesquisa vai para Da Antropologia a Brasília, a cargo de Jorge Schwartz. Na categoria Tridimensional, venceu Edith Derdyk, no Centro Cultural São Paulo e Galpão 15. Como fotografia, o vencedor foi Cássio Vasconcelos, na Galeria Vermelho. E a melhor exposição internacional foi Arte Russa, por Nelson Aguilar e Museu Nacional de São Petersburgo. DivulgaçãoO Invasor, melhor filme do ano Cinema: O Grande Prêmio da Crítica é um troféu coletivo para o elenco de Cidade de Deus. O melhor filme brasileiro de 2002 foi O Invasor, de Beto Brant. O melhor diretor, Karin Ainouz, por Madame Satã. Lázaro Ramos, de Madame Satã, e Sabrina Greve, de Uma Vida em Segredo, venceram nas categorias de ator e atriz. O melhor roteiro foi o de Ugo Giorgetti para seu filme O Príncipe. Na categoria documentário, o filme vencedor foi Edifício Master, de Eduardo Coutinho. Vidal Cavalcante/AEJ.C. Violla levou prêmio pelo conjunto da obra Dança: Como concepção de dança, foi premiada a Cia. Nova Dança 4, por Palavra, A Poética do Movimento. J.C.Violla leva um troféu especial pelo conjunto de trabalhos. Na categoria criação-intérprete, venceu Juliana Moraes, por Querida Sra. M. Como pesquisadora de linguagem, os jurados escolheram Gícia Amorim. A melhor bailarina foi Liris do Lago, do grupo Cisne Negro. Estímulo vai para Cia. Municipal de Danças de Caxias do Sul (RS). E um Especial 25 anos vai para a Cisne Negro Cia. de Dança. Heitor Hui/AEGrande Prêmio da Crítica foi para Hilda Hilst Literatura: O Grande Prêmio da Crítica vai para Hilda Hilst, pela reedição das Obras Completas, pela Editora Globo. O melhor romance foi O Riso da Agonia, de Plínio Cabral (Escrituras). Na categoria contos, venceu Peixe de Bicicleta de Sergio Telles (Ed. UFSCar) e na categoria poesia, A Lógica do Erro, de Affonso Ávila (Perspectiva). Como ensaio, será premiado Antônio Vieira: Profecia e Polêmica, de José Van Den Besselar - in memoriam (Ed. UERJ). A melhor tradução é a de Paulo Bezerra para O Idiota, de Dostoiévski (Ed. 34). O júri escolheu como revelação a autora Maria José Silveira, por A Mãe da Mãe da Sua Mãe e Suas Filhas (Ed. Globo). Thiago Queiroz/AEMaria Rita, revelação da música Música popular: O melhor disco foi o recente Os Tribalistas, de Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte. O melhor cantor foi Jair Rodrigues e a melhor cantora, Elza Soares. O compositor escolhido foi João Donato, por Managarroba. Vão dividir troféus de melhor grupo os Textículos de Mary e a Banda das Cachorra - Cheque Girls. A filha de Elis Regina e Pedro Camargo Mariano, Maria Rita Mariano, foi eleita a revelação de 2002. O produtor premiado será Kassin. DivulgaçãoHeródoto Barbeiro, o melhor âncora Rádio: Os jurados desta categoria da APCA escolheram a Bandeirantes AM para receber dois prêmios, nas categorias jornalismo e esportes. Heródoto Barbeiro, da CBN, receberá o troféu de melhor âncora/apresentador. Na categoria variedades, o prêmio foi para No Mundo da Bola, da Jovem Pan. O júri dará um troféu de Destaque para a Rádio USP, pela criação da Rede Universitária de Rádio. No categoria cultura, ganhou Letra e Música, de Pasquale Cipro Neto, da Cultura AM. O troféu de Ação Social vai para a Rádio Heliópolis, pela promoção da cidadania. DivulgaçãoAs Roupas do Rei, o melhor esptáculo do ano Teatro Infantil: O Grande Prêmio da Crítica, nesta categoria, foi para o grupo As Meninas do Conto, pelos dois espetáculos que produziu este ano, A Princesa Jia e Por Que o Mar Tanto Chora. O melhor espetáculo infantil de 2002 foi As Roupas do Rei, em cartaz no Teatro Cacilda Becker, e o melhor espetáculo para jovens foi O Santo e a Porca, apresentado no Teatro do Centro da Terra. O melhor diretor foi Ilo Krugli, por As Quatro Chaves, no TBC. Receberão como melhor atriz e melhor ator de teatro infantil Magali Biff, por Bzzz - O Retrato de Janete e Carlinhos Rodrigues, pelo papel-título de Candim, sobre a vida de Cândido Portinari. O júri decidiu premiar o espetáculo Utopia - Terra de Dragões, do XPTO, por sua concepção visual (cenário, figurino, adereços, iluminação e bonecos), a cargo de Osvaldo Gabrieli. DivulgaçãoPor Novas Diretrizes, Bosco Brasil foi premiado como autor Teatro: O júri de teatro adulto escolheu como melhor peça de 2002 Os Solitários, que fez carreira no Teatro Alfa, com Marco Nanini e Marieta Severo encabeçando o elenco. Bosco Brasil venceu como melhor autor, por Novas Diretrizes em Tempo de Paz, peça que também teve o melhor ator do ano, Dan Stulback. Melhor direção ficou com Marco Antonio Braz, por sua versão de O Beijo no Asfalto, de Nélson Rodrigues. A melhor atriz foi Clara Carvalho, de Frankensteins. O júri escolheu o Grupo XIX de Teatro como a revelação do ano, pelo espetáculo Hysteria, e concedeu também um prêmio especial para a Mostra de Dramaturgia Contemporânea (Teatro Promíscuo/ Renato Borghi, Èlcio Nogueira Seixas, Débora Duboc e Luah Guimarães), no Sesi. DivulgaçãoCidade dos Homens levou o Grande Prêmio da Crítica Televisão: O Grande Prêmio da Crítica saiu para o especial em série de quatro episódios Cidade dos Homens, de Fernando Meireles. O melhor programa foi Meninas Veneno, de Marina Person, na MTV. William Bonner, do Jornal Nacional, foi escolhido o melhor apresentador, por sua atuação nos programas das eleições presidenciais. Na categoria humor, venceu A Grande Família, do diretor Maurício Farias, programa que também teve o melhor ator do ano, Marcos Nanini. A melhor atriz foi Eliane Giardini, por sua divertida participação na novela O Clone. Da mesma novela, saiu o prêmio de revelação de 2002 para a jovem atriz Stephanie de Brito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.