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Acervo do Banespa tem novo endereço

Depois de 20 anos, a coleção voltou ao edifício matriz do banco, no centro de SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O Museu Banespa voltou a funcionar no prédio matriz do banco, aquele parecido com o Empire State Building. Depois de todo um trabalho de transporte feito pela empresa Millenium, as obras do acervo que estavam abrigadas no Edifício Patriarca estão desde o início do mês dispostas no Edifício Altino Arantes - o nome do primeiro presidente do Banespa -, localizado na Rua João Brícola. "O museu ficou mais de 20 anos fora do edifício-sede. Agora, trazendo de volta o acervo do banco para o prédio histórico é como se a história ficasse resolvida", diz a museóloga do Banespa Adriana Athaíde. Como conta Adriana, responsável pelo museu há 16 anos, o Edifício Patriarca (ou Conde Matarazzo) oferecia somente um andar para comportar todos os quadros, gravuras, fotografias, esculturas e tapeçarias, totalizando um acervo com cerca de duas mil obras, muitas de artistas renomados como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Iberê Camargo, Arcângelo Ianelli, e Tomie Ohtake, entre outros, além de uma coleção histórica com 920 móveis e objetos antigos, toda a mecanografia bancária, documentos, moedas e cédulas, que registram as etapas do dinheiro do Brasil. Na matriz do Banespa, o museu contará com dois andares para que essas duas coleções distintas fiquem separadas. Outra vantagem, como observa Adriana, é a localização "mais próxima a uma área cultural", já que o prédio, tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo, tem como vizinho o Centro Cultural Banco do Brasil. Público - A visitação mensal é de cerca de cinco mil pessoas, mas há expectativa de que esse número aumente por causa da mudança de endereço da instituição, que apresenta uma exposição permanente de suas obras. Fundado em 1965, o Museu Banespa foi formando seu acervo a partir de compras, doações e aquisições de obras, que eram utilizadas na liquidação de dívidas. A primeira foi um quadro de Manabu Mabe, intitulado Sonho de Princesa, feito para decorar a sala da presidência do banco. A partir dessa obra, a coleção foi se estendendo e o que se pode ver é que transformou-se em uma coleção bem diversificada. Segundo a museóloga, há muitas peças de arte oriental, mas ela também cita as gravuras de Alfredo Volpi e Tarsila do Amaral, mais a seção de arte naif tendo como expoente os trabalhos do artista Chico da Silva. Museu Banespa. De segunda a sexta, das 10 às 17 horas. Rua João Brícola, 24, tel. 3249-7180. Inaugura hoje.

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