Woody Allen faz passeio nostálgico pela famosa Coney Island em 'Roda Gigante'

Longa estreia nos cinemas norte-americanos nesta sexta, 1º; no Brasil, lançamento está previsto para 28 de dezembro

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Por Redação
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Depois de várias intenções, o diretor americano Woody Allen volta a Nova York, sua cidade natal, com seu novo filme Roda Gigante, um drama romântico que se passa em um parque de diversões em Coney Island. O filme é produzido pela Amazon Studios e será o primeiro distribuído exclusivamente pela filial artística do gigante revendedor na Internet.

Kate Winslet interpreta uma mulher arruinada por seus erros Foto: Jessica Miglio/Amazon Studios

No último minuto, o estúdio cancelou a pré-estreia do filme, em meados de outubro, previsto para alguns dias depois da explosão do escândalo Harvey Weinstein.+++ Woody Allen teme 'caça às bruxas' e mais uma atriz denuncia Harvey Weinstein Alguns interpretaram o ato como uma forma de evitar que associassem o produtor de Hollywood com o nome de Woody Allen, acusado de abuso sexual contra sua filha adotiva Dylan, com sete anos na época, mas que ele sempre negou. A exibição ocorreu em meados de novembro, mas Woody Allen não deu entrevistas durante a promoção do filme, que estreia nesta sexta-feira, 1º, nos Estados Unidos e na Espanha. No Brasil, chega às telonas em 28 de dezembro.+++ Livro sobre Woody Allen cita abusos de Mia Farrow com filhos Em seu 47º longa-metragem, o diretor volta a Coney Island, a praia mais famosa da cidade onde foi filmada a primeira cena de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, que se passa pouco depois da Segunda Guerra Mundial. Há 40 anos, desde Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, que o cineasta homenageia Nova York de diversas formas. Desta vez, Allen se entrega a uma nova imersão nostálgica entre as décadas de 1930 e 1950, que serviram de cenário para muitas de suas produções. O parque de diversões aberto o ano inteiro e a dois passos do oceano completa a vista, que mudou pouco desde então. No centro da trama, com quatro personagens principais, que muitas vezes parecem de teatro filmado, está Ginny, uma mãe quarentona interpretada por Kate Winslet, para quem Woody Allen escreveu o papel.+++ Com Justin Timberlake e Kate Winslet, novo filme de Woody Allen estreia em dezembro Garçonete em um "diner", restaurante fast-food típico dos Estados Unidos dos anos 1940 e 1950, Ginny não desistiu do seu sonho de atriz, do qual se aproximou em modestas produções. Há "muita confusão" em sua cabeça, descreveu a atriz britânica durante o Festival de Cinema de Nova York há algumas semanas. E, por lá, passa Mickey (Justin Timberlake), um jovem salva-vidas que a seduz com seu físico atraente e, principalmente, com suas aspirações artísticas.+++ Selena Gomez será uma das protagonistas do novo filme de Woody Allen Ela "deixa tudo com a esperança de algo novo, em um lugar distante, mas é um sonho impossível, inalcançável, intocável", disse Kate Winslet. Idolatrada por seu marido Humpty (Jim Belushi), sua nora Carolina (Juno Temple) tropeçará involuntariamente com suas últimas ilusões e cairá em um drama.+++ Woody Allen explica o uso do digital em 'Café Society'​Kate Winslet intensa. Este retrato de uma mulher arruinada por seus erros, que luta para se libertar desta condição, é interpretado com inspiração por Kate Winslet, que trabalha pela primeira vez com Woody Allen. "A ideia de trabalhar com Woody Allen é muito emocionante", disse ela, revelando que "eu o acompanho desde que decidi me tornar atriz". Em 2005, o diretor lhe propôs o papel de Nola Rice em Ponto final - Match Point, mas ela rejeitou a oferta para se dedicar ao filho pequeno, então com apenas algumas semanas de vida. Scarlett Johansson acabou encarnando o papel. "Sabia que era muito possível que essa fosse a minha única chance" de trabalhar com o diretor vencedor de quatro estatuetas do Oscar, lembrou Kate em entrevista publicada na edição de outubro da revista Variety. Sua intensidade ao interpretar Ginny segura a produção, que, em alguns momentos, perde o ritmo e não consegue transmitir a urgência vivida pelos personagens. O filme também se destaca pela fotografia, autoria de Vittorio Storaro (Apocalypse Now, 1900 e Último tango em Paris). A luz e as cores são um elemento fundamental de Roda Gigante, marcando as reviravoltas da história.  

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