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Uma noite inteira com Leonardo DiCaprio

Astro é o tema do Noitão Caixa Belas Artes, que exibirá alguns de seus filmes

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:
Leonardo DiCaprio recebe homenagem no 'Noitão Caixa Belas Artes' Foto: NYT

Havia a expectativa, afinal confirmada, de que Leonardo DiCaprio recebesse o Oscar de melhor ator deste ano por O Regresso, de Alejandro González-Iñárritu. Toda a imprensa destacou as inúmeras vezes em que ele foi indicado, sem nunca ganhar. E, afinal, nem foram tantas assim - seis, incluindo uma na categoria de melhor coadjuvante, quando ainda era garoto. Existem, na história da Academia, casos de atores e atrizes que penaram muito mais pelo Oscar. Basta citar os casos de Susan Hayward e Geraldine Page. O que torna o caso de Leonardo DiCaprio especial é o fato de ele representar hoje, no cinemão, um tipo raro de 'astro'. Após triunfar formando par romântico com Kate Winslet em Titanic, de James Cameron, Leo, como é chamado, tem feito escolhas que se assumem como 'artísticas'. Favorece autores. Pode-se argumentar, talvez, que a aproximação com Martin Scorsese o tenha contaminado. Scorsese tem feito um trabalho notável como restaurador de obras seminais do cinema mundial. Quando fala de filmes que o inspiraram, revela-se um crítico apaixonado. Já os próprios filmes - As Gangues de Nova York, O Aviador, Os Infiltrados, Ilha do Medo e O Lobo de Wall Street, todos com Leo - têm sido superestimados, supervaloriozados, deem o nome que quiserem. DiCaprio não cita Diamante de Sangue, de Edward Zwick, que lhe valeu uma de suas indicações, como um dos grandes filmes de que participou. Há hoje, na crítica e no pensamento acadêmico dos EUA, um movimento para redefinir o conceito de 'qualidade' em Hollywood. Nesse novo pensamento, Diamante de Sangue - e os Batman de Christopher Walken ou o Superman de Zack Snyder - ficam mais bem situados que qualquer Scorsese recente. Não estamos falando, bem entendido, de Motorista Táxi nem de Touro Indomável. Muito menos de Depois de Horas.

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