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Gael García Bernal vira personagem de animação em novo filme

Galã está no brasileiro 'Zoom', dirigido por Pedro Morelli

Por Flavia Guerra
Atualização:
Parceria. O diretor Pedro Morelli (E) durante as filmagens com Gael García Bernal Foto: Mujica/Divulgação
O diretor Pedro Morelli (D) Foto: Milena Mendes/Divulgação
Traço preciso. Cenas de Gael García Bernal vão ser animadas por meio de técnica chamada rotoscopia Foto: Adams Carvalho/Divulgação

Já Priestley, ainda que improvável, se revelou uma escolha acertada. "Foi ótimo. Vai muito além do Brandon de Barrados no Baile. Mariana e ele formam ótimo casal", conta Morelli, que parte em um mês para o Canadá, onde filma a segunda parte da história de Dale e Michelle e o episódio de Emma. 

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É Emma quem completa o elenco, e a trama. Vivida por Alison Pill (de Meia-noite em Paris e Para Roma, com Amor), ela, além de desenhar a história de Edward (Gael), é personagem do livro que Michelle escreve. "É uma comédia irônica e metalinguística. A graça se dá na forma como cada história se liga e como cada personagem mexe com o outro, como se manipulassem um boneco vodu", finaliza Morelli. ENTREVISTAS Don McKellar, Ator'Vai ser divertido me ver como desenho' Você usa uma peruca curiosa nestas filmagens. Seu visual vai melhorar na pós-produção?

Vai! Estou horrível, mas faz parte. Adoro saber que vou me tornar um personagem de quadrinhos. Posso filmar sem maquiagem, sem me preocupar com as roupas, pois tudo será desenhado. Vai ser estranho, e divertido, me ver como desenho. 

Este filme é diferente de todos os outros que você já fez?

Sim, completamente. Já fiz dublagem para desenhos, mas não era meu rosto em cena. Adoro este projeto, ainda que seja difícil imaginar como será o filme, pois muito ainda vai ser criado. É muito interessante. 

Como é seu personagem, o produtor Horovitz?

É um produtor que quer se tornar diretor e está tirando, aos poucos, o filme das mãos do diretor (Ed/Gael). Mas não é um bom diretor, não sabe o que fazer e, mesmo assim, quer o poder. Ele é ressentido por isso e com o fato de que a executiva do estúdio, Marisa (a canadense Jennifer Irwin), apaixona-se pelo Ed. E Horovitz detesta isso. 

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A história de vocês é a mais divertida do filme, não? Colaboraram muito para o roteiro durante as filmagens?

Nosso episódio tem mais humor, muito porque somos um quadrinho e podemos ser mais loucos. Jennifer e Gael são muito engraçados. Funcionamos bem juntos. E Pedro é um diretor jovem, mas experiente. É seguro e trabalha bem com colaborações, o que não é comum para diretores estreantes, que, em geral, estão preocupados demais. Gosto de trabalhar com brasileiros. Somos complementares. De Ensaio sobre a Cegueira, que escrevi e atuei, até A Madrinha Embriagada, que escrevi e Miguel Falabella montou, é um País que sempre me surpreende.Mariana Ximenes, Atriz'Ela vai ter aventuras libertadoras' Você nunca tinha atuado em inglês. Como foi a experiência?Foi uma aventura. Quando cheguei ao set de Zoom, tinha acabado de filmar uma coprodução com o Uruguai, o Mãos de Cavalo, do Roberto Gervitz. E fui para outra coprodução, mas com o Canadá. Nosso set era misturado, gente falando inglês, português... Foi ótimo. Atuar em inglês é um desafio, pois não é meu idioma e preciso me concentrar mais para, por exemplo, usar o improviso. Mas adorei a experiência.

Quem é a Michelle?Minha personagem é uma modelo que mora no Canadá e se cansou da rotina da profissão. Resolve abandonar tudo para escrever um livro. Ela vai para Trindade, no Rio, em busca de uma conexão com ela mesma, de concentração para poder colocar suas ideias no papel. Ela, que está em busca de inspiração, vai ter aventuras libertadoras lá. Mas seu namorado, que ficou no Canadá, vai em busca dela. Aí tudo se complica. Sua história é filmada pelo personagem do Gael, que vive um diretor. Como foi isso?Muito interessante isso de um personagem interferir na história do outro. No filme, são três tramas, uma dentro da outra. É difícil explicar, mas o roteiro é diferente e muito bom. Meu livro, por exemplo, não tem uma escrita lógica, escrevo tudo em forma triangular, circular. E Pedro (Morelli, diretor) levou isso para a forma de filmar. Já minha história tem o fator Dale, meu namorado, vivido por Jason Priestley. Cada vez mais, ele complica as coisas. E que faz algo que me obriga até a pular de um helicóptero! Como foi atuar com Priestley?Ótimo. Ele é canadense e era perfeito para o elenco desta coprodução. Eu via Barrados no Baile! Disse isso a ele, que foi ótimo, supercompanheiro, grande parceiro.

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